Tsunoda contesta punição por ultrapassagem sob bandeira vermelha

Yuki Tsunoda

Yuki Tsunoda expressou forte insatisfação com os comissários da Fórmula 1 após receber uma punição de 10 posições no grid por ultrapassar Oscar Piastri durante uma bandeira vermelha no TL3 do Grande Prêmio do Canadá.

Ultrapassagem sob bandeira vermelha: Tsunoda se defende

O piloto da Red Bull alegou que agiu por segurança ao ultrapassar a McLaren visivelmente danificada de Piastri, que se arrastava lentamente de volta aos boxes com a parte traseira direita comprometida.

“A punição veio do nada. Nem esperava ser chamado pelos comissários”, disse Tsunoda à F1TV. “Ele estava andando a 80 km/h, largando detritos por toda a pista. Ficar atrás poderia ter me colocado em risco”.

Segundo Tsunoda, seguir tão de perto um carro danificado seria perigoso, já que havia risco de um pneu soltar-se e atingir seu carro.

“Regra é regra”, mas situação exigia bom senso

Apesar de reconhecer a existência da regra que proíbe ultrapassagens sob bandeira vermelha, o japonês considera que a situação específica deveria ser avaliada com mais nuance.

“Ultrapassei com visibilidade total, a 170 km/h – quase metade da velocidade usual. Ficar atrás esperando ser atingido não é razoável. É frustrante”, completou Tsunoda.

Horner sai em defesa de Tsunoda

Christian Horner, chefe da Red Bull, apoiou a conduta de seu piloto, afirmando que a McLaren de Piastri parecia próxima de parar totalmente na pista.

“Parecia que Oscar não conseguiria retornar aos boxes. Foi uma situação complicada”, disse Horner.

Hamilton agiu diferente após alerta do engenheiro

Apenas Lewis Hamilton estava próximo o suficiente para alcançar a cena. Ele optou por permanecer atrás da McLaren após seu engenheiro alertá-lo para evitar ultrapassagens. Contudo, Tsunoda não recebeu nenhuma instrução semelhante.

Conclusão: entre regras e bom senso

O episódio reacende o debate sobre a aplicação das regras em treinos livres e a margem para decisões baseadas no contexto. Embora as normas sejam claras, casos como o de Tsunoda sugerem que a segurança também exige julgamento situacional.