Hadjar: Hamilton e Sainz adquiriram “hábitos” na F1

Isack Hadjar

Com apenas um terço de sua temporada de estreia na Fórmula 1, o francês Isack Hadjar já chama atenção nos bastidores da Red Bull.

Enquanto veteranos consagrados como Carlos Sainz e Lewis Hamilton enfrentam dificuldades em suas novas equipes em 2025, o novato demonstra uma adaptação surpreendente e maturidade impressionante dentro e fora das pistas.

Hadjar, atualmente piloto da Racing Bulls — equipe satélite da Red Bull —, é amplamente apontado como o mais promissor entre os estreantes da temporada. Seu desempenho consistente e postura centrada o colocam como forte candidato a ocupar um assento na equipe principal nos próximos anos.

“Se estou bem ou mal, não ouço nada”, declarou Hadjar ao jornal espanhol El Mundo Deportivo. “Você pode me dizer que fiz um bom trabalho, eu vou dizer obrigado e nada mais. Nenhum comentário me tornará mais rápido.”

Elogios de Horner e Marko elevam expectativas

As declarações contidas de Hadjar contrastam com os elogios públicos vindos das figuras mais influentes da Red Bull. O chefe da equipe, Christian Horner, afirmou ao Canal Plus:

“Ele é o mais impressionante de todos os novatos deste ano. Até agora, superou todas as nossas expectativas.”

Já Helmut Marko, consultor esportivo da Red Bull, destacou a capacidade de adaptação do jovem piloto, especialmente em comparação com nomes experientes como Sainz e Hamilton.

“Eu me adaptei rapidamente”, confirmou Hadjar. “Esperava isso. Viemos preparados da F3 e F2, onde já se aprende um nível muito alto. Acho que é uma boa geração.”

Adaptação como diferencial competitivo

Um dos pontos-chave destacados por Hadjar é o fato de ainda não ter vícios ou hábitos consolidados ao volante de um carro de F1, algo que ele considera uma vantagem frente aos pilotos veteranos.

“Esses pilotos [Sainz e Hamilton] estavam no mesmo carro há muitos anos. Eu não tenho hábitos. Estou acostumado a me adaptar.”

Além do desempenho na pista, Hadjar também chama atenção por seu perfil intelectual. Fascinado por matemática e física, o francês estampa em seus capacetes equações científicas que refletem sua paixão pelo conhecimento.

“Nunca deveria ser um piloto de F1. Eu ia para a escola, me saía muito bem e talvez estudasse física ou engenharia. Mas sempre fui apaixonado por carros e segui meus sonhos malucos. E aqui estou.”

Rumo à Red Bull?

O futuro de Hadjar na Red Bull Racing ainda não está confirmado, mas seu desempenho atual — combinado com a instabilidade de outros nomes no grid — o coloca cada vez mais próximo de um assento ao lado de Max Verstappen.

Enquanto isso, o francês segue aproveitando cada volta em sua temporada de estreia.

“Na F2, você se acostuma. Na F1, é sempre impressionante. Não é liberdade — é mais assustador. É realmente algo incrível.”