Sainz diz que seu pai teria “bom senso” na presidência da FIA

Carlos Sainz

Carlos Sainz apoiou o interesse de seu pai em se tornar o próximo presidente da FIA, afirmando que ele teria “bom senso” na posição de poder.

No início deste mês, Sainz Sr. confirmou que estava considerando a possibilidade de se candidatar à presidência da federação que governa o automobilismo.

O mandato de Mohammed Ben Sulayem tem sido marcado por controvérsias, incluindo várias saídas importantes e um desentendimento com pilotos de Fórmula 1 sobre a proibição de palavrões.

A próxima eleição presidencial está marcada para dezembro deste ano, sem que nenhum partido tenha declarado oficialmente sua candidatura para rivalizar com Ben Sulayem.

Mas enquanto Sainz Sr. considera concorrer ao cargo, ele recebeu um forte apoio de seu filho. “Sou filho dele, então sou tendencioso”, admitiu Sainz à mídia.

“Falando da posição mais objetiva possível, ninguém me vem à cabeça, alguém que tenha vivido todos os dias do kart com seu filho e conheça as raízes do automobilismo, já que ele fez quatro ou cinco anos de kart comigo”.

“Ele fez quatro ou cinco anos de monopostos comigo, sabendo o quão dura, cara e difícil aquela escada era. Ele passou 10 anos na F1 comigo. Passou 40 anos no rally”.

“Então, um cara com muita experiência em tantas áreas diferentes do automobilismo, chegando ao fim da carreira e tentando encontrar uma maneira de retribuir o que o esporte lhe deu”.

“É a posição mais objetiva que posso encontrar sendo filho dele. Obviamente, ele é um candidato muito bom. Se vai decidir fazer isso ou não, depende totalmente dele”.

Sainz Sr. é a primeira figura a declarar interesse em iniciar uma campanha para as eleições deste ano.

No entanto, Sainz revelou que a ideia surgiu originalmente de outros membros do paddock que o procuraram e disseram que ele seria uma ótima opção.

“Já estamos conversando sobre isso há algum tempo. Curiosamente, não foi algo que partiu dele. Muitas pessoas no paddock estavam colocando isso em sua cabeça, e aos poucos, ele começou a considerar”.

“Agora, obviamente ele está pensando nisso. O importante é que ele ainda não montou uma equipe, mas está considerando a possibilidade, e dependendo de como enxergar a situação, vai tentar ou não”.

“Posso apenas dizer que ele está considerando seriamente. Está avaliando todas as opções, agora começando a pensar em quais pessoas, indivíduos, ele gostaria de ter em sua equipe”.

“Ele está tentando entender como as eleições funcionam, com quantas pessoas ele precisa conversar. É o trabalho dele agora”.

“Estou ocupado aqui com a Williams, cuidando do meu próprio negócio, então deixo isso para ele. Ele me atualiza sobre a situação e o progresso a cada uma ou duas semanas. Quer a minha opinião”.

Embora Sainz reconheça que seu pai não gostaria do aspecto político do cargo, ele afirmou que usaria o bom senso ao tomar decisões.

“Esse é um lado negativo, a política. Mas acho que se tem alguém que consegue tirar a política disso, é meu pai. Ele segue o bom senso e regras muito básicas de como viver”.

“É por isso que tantas pessoas o procuraram para pressioná-lo a se candidatar. A questão política… ele provavelmente não vai gostar dessa parte do trabalho, mas sabe que faz parte e precisará lidar com isso”.