Andrea Stella e Toto Wolff discordam sobre revisão do regulamento de 2026

segunda-feira, 21 de abril de 2025 às 11:55

Andrea Stella e Toto Wolff

O CEO da equipe Mercedes, Toto Wolff, classificou a pauta da próxima reunião da Comissão de F1 como “uma piada”, uma vez que os diretores das equipes planejam discutir e votar uma proposta para fazer grandes mudanças no regulamento de motores de 2026.

As UPs novas (unidades de potência) têm sido o assunto do paddock desde que a temporada de 2025 começou. Primeiro, houve pedidos para que a F1 mudasse o regulamento e trouxesse de volta os motores V10 movidos a combustíveis sustentáveis. Esse plano foi amplamente apoiado pelos pilotos, mas não por algumas montadoras, que rejeitaram a proposta.

Mas o assunto, como publicou o Autoracing, está longe de terminar. A pressão dos fãs é muito grande para a volta dos motores V10, além da desconfiança se o novo regulamento vai entregar o que todos querem.  A próxima reunião da Comissão de F1 já marcada discutirá uma nova proposta, que envolveria mudanças significativas no futuro regulamento das UPs. “Ler a pauta da comissão de F1 é quase tão hilário quanto ler alguns dos comentários que vejo no Twitter sobre política americana”, disse Wolff, chefe da Mercedes, durante o GP da Arábia Saudita.

“Eu realmente quero nos proteger e não fazer comentários, mas é uma piada. Há uma semana, houve uma reunião sobre motores [na sexta-feira no Bahrain] e agora as coisas assim acabam na pauta novamente.”

A visão cínica de Wolff não foi compartilhada por alguns de seus colegas chefes de equipe. Andrea Stella por exemplo, cuja equipe McLaren continuará usando UPs Mercedes em 2026, enfatizou sua crença de que o debate e a análise cuidadosa são cruciais para que a F1 acerte seus novos regulamentos.

“Bem, minha opinião é muito clara, o princípio que quero afirmar com muita firmeza é que é responsabilidade de todas as partes interessadas garantir que o regulamento de 2026 sejam bem-sucedido”, explicou o italiano quando questionado sobre a reunião da Comissão da F1.

“Porque não faz sentido as equipes competirem entre si se não tivermos um bom desempenho esportivo, e a qualidade do esporte, a qualidade do espetáculo, a qualidade da corrida é uma função do produto, do ponto de vista do chassi e da unidade de potência.”

“Então, acho que manter a conversa aberta, para que possamos realmente entrar em detalhes, considerando ultrapassagens, considerando a distribuição de potência, considerando a coleta de potência – tudo o que determina a qualidade do produto, portanto, o espetáculo e a saúde do negócio – devemos analisar isso e não devemos dizer que está congelado e pronto.”

“Acho que precisamos ter essa mente aberta, continuar trabalhando nisso. Obviamente, esses ajustes não precisam ser estruturais, não vamos mudar o hardware, mas se houver pequenas mudanças que precisamos aplicar na forma como usamos o hardware, e isso melhorar essas características que eu disse, então acho que isso faz parte das responsabilidades de todas as partes interessadas.”

AS - www.autoracing.com.br

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