Rumores de problemas no túnel de vento da Aston Martin

Aston Martin

Apesar dos enormes investimentos em fábricas e da presença de Adrian Newey, a Aston Martin é indiscutivelmente “a última equipe” do grid.

Essa declaração veio de Fernando Alonso durante o fim de semana do GP da Arábia Saudita, onde ele admitiu estar exausto após a bandeira quadriculada. O bicampeão mundial ainda não marcou um único ponto em 2025.

“Fazer 50 voltas de classificação consome você por dentro”, disse Alonso, visivelmente esgotado, à mídia espanhola.

No entanto, embora Newey esteja na prancheta há quase dois meses, a equipe de Silverstone dificilmente desenvolverá seu carro deste ano.

“O carro basicamente não tem pontos fortes”, comentou Lance Stroll, que no sábado quebrou o recorde de mais eliminações no Q1. “Coloque os pilotos da McLaren na Sauber por 10 anos e eles também terão o recorde”.

Quanto a Alonso, ele acha possível que 2025 seja como sua temporada de estreia com a Minardi em 2001 – a segunda na qual ele não consegue marcar um único ponto no ano inteiro.

“Mas não há nada que possamos fazer porque as regras mudam no próximo ano e temos pessoas muito boas na equipe trabalhando no carro de 2026”.

“A equipe está se preparando para isso. Se as regras fossem estáveis no próximo ano, seria mais difícil de engolir”.

Contudo, estão começando a circular rumores de que o novo túnel de vento da Aston Martin na verdade está produzindo resultados que não se alinham com os dados do antigo túnel.

Quando perguntado na Arábia Saudita por que o carro de 2025 é indiscutivelmente ainda mais lento que o de 2024, Andy Cowell, novo chefe da equipe, apontou problemas de correlação.

“Lutamos no ano passado para diferenciar entre o que o túnel de vento e as ferramentas nos diziam que tornaria o carro mais rápido e o que realmente tornava o carro mais rápido”, disse ele ao jornal espanhol AS.

“Quando você tem esses problemas e seus rivais estão melhorando a performance de seus carros, você fica para trás. Temos uma nova fábrica e ótimas ferramentas, mas precisamos otimizar a forma como usamos tudo para sermos mais precisos”.

Quanto ao motivo pelo qual a equipe basicamente desistiu de 2025, ele explicou: “Faltam 20 corridas este ano e cinco anos até a próxima mudança de regulamento (depois de 2026)”.

“É por isso que estamos investindo nas novas regras e a prioridade do nosso desenvolvimento aerodinâmico está focada em 2026”.

“Poderíamos apostar tudo em 25, haveria progresso, mas estaríamos em uma posição inicial ruim em 2026 que seria transferida para 2027, 2028, 2029. Tivemos essas conversas internamente com Lawrence (Stroll) e Adrian sobre onde estamos e o que precisamos fazer”.

“Os testes de CFD e túnel de vento são limitados e as decisões precisam ser tomadas com base nos dados. Não podemos simplesmente entrar em pânico agora e mudar o que acreditamos”.

Alonso lamentou recentemente que Newey ainda não tem grandes ideias sobre como o carro de 2025 poderia ser melhorado rapidamente.

Cowell explicou: “90% da criação de um carro está na fábrica, e é lá que queremos Adrian. Todos que passam por seu escritório dizem que ele está desenhando em sua prancheta sempre que o veem. Ele não vai a reuniões, não responde e-mails, está apenas preparando um carro veloz. E todos nós apoiamos esse processo”.

Quanto a quaisquer problemas na configuração das novas instalações, Cowell também disse à emissora espanhola DAZN: “Adrian elogiou bastante o campus e foi bastante positivo sobre o túnel que temos e a maneira como tudo está configurado”.

“Ele também está nos incentivando a melhorar a maneira como operamos no túnel, CFD e simulações. Para praticamente tudo, Adrian tem ideias sobre como melhorar”.