McLaren aponta área de excelência da Red Bull

Red Bull

Andrea Stella, chefe da McLaren, acha que a Red Bull foi a única equipe que não se enganou com a aparente natureza restritiva do novo regulamento.

Desde que as regras do efeito solo entraram em vigor na temporada 2022, a Red Bull venceu 20 das 25 corridas, com seu monoposto de 2023 dominando as três primeiras etapas deste ano.

O regulamento foi elaborado com o objetivo de aproximar o pelotão a fim de criar corridas mais empolgantes e aumentar o número de ultrapassagens.

Apesar de isso ter funcionado até certo ponto no pelotão intermediário, a Red Bull disparou na frente. Aparentemente, só problemas de confiabilidade podem impedir a equipe de vencer ambos os campeonatos neste ano.

Stella sente que as equipes inicialmente deixaram passar o potencial para desenvolvimento na área do assoalho – algo crucial quando se trata de “grudar” o carro na pista para o efeito solo funcionar corretamente.

“Eu tenho de admitir, e creio que a maioria das equipes admitiria, que antes da nova geração de carros, nós pensávamos que o regulamento era bastante restritivo”, declarou ele à mídia.

“Porém, o interessante é que, assim que você começa a jornada, percebe que há muito mais performance, principalmente no assoalho. O efeito solo pode ser explorado do ponto de vista técnico além do que qualquer um na Fórmula 1 teria previsto”.

“Se você vê a sofisticação das geometrias em alguns carros, principalmente as partes voltadas para o chão e não necessariamente visíveis, a complexidade do fluxo de ar e as estruturas verticais que quer gerar sob o carro, acho que foi além do que o regulamento esperava”.

“Do ponto de vista técnico, é fascinante, mas quanto ao espetáculo, significa que quem faz um trabalho melhor, como a Red Bull no momento, ganha uma vantagem competitiva consistente além do que podia ser previsto”.