Fórmula 1 garante continuidade da transmissão ao vivo pela TV no Brasil

quinta-feira, 24 de setembro de 2020 às 19:35

GP do Brasil de 2019 de Formula 1

O jornal O Estado de S.Paulo informou hoje que a Liberty vendeu os direitos de transmissão da F1 no Brasil pelos próximos cinco anos para a Rio Motorsports, que é a mesma empresa que pretende construir e administrar um novo autódromo no Rio a fim de receber o GP do Brasil não se sabe quando.

O próximo passo será a Rio Motorsports definir para quais canais vai sublicenciar os direitos de exibição das corridas da Fórmula 1. O Estadão apurou que o projeto é ter modelos de transmissão em várias frentes: TV aberta, TV fechada e streaming, uma novidade da categoria voltada para o mercado brasileiro. Em todos eles a ideia é exibir na íntegra os treinos e dar destaque especial para as corridas aos domingos.

A estimativa do mercado é que a Rio Motorsports possa ter faturamento superior a R$ 3 bilhões com os cinco anos de contrato. A projeção se baseia no que a Rede Globo faturou neste último ciclo, que foi de R$ 600 milhões por ano. O detalhe é que a Globo tem a maior audiência no país. Em média, a audiência da Globo é maior que a audiência de todas as outras emissoras somadas.

Nas últimas semanas, embora o contrato entre a F1 e a Rio Motorsports estivesse em negociações, a F1 recebeu a procura de outros canais brasileiros, tanto da TV aberta quanto de fechada. Um dos interessados foi o Grupo Disney, com plano de colocar as corridas na Fox Sports ou na ESPN. No entanto, pesou a favor da Rio Motorsports o modelo de negócio e o valor a ser pago, que é superior às outras sondagens.

A Rede Globo fazia a transmissão da categoria em TV aberta há 48 anos. Só houve uma interrupção em 1980 quando a Rede Bandeirantes transmitiu com exclusividade. Apesar da ruptura com a Globo, a Liberty considera o Brasil um mercado essencial por ter uma das maiores audiências do mundo e pela grande presença e atuação de vários patrocinadores.

O consórcio teria conversas adiantadas com algumas empresas para montar a nova lista de patrocinadores da categoria. Algumas marcas devem ser novas nesse tipo de segmento, principalmente empresas nas áreas de telefonia e instituições financeiras que se interessaram pela oportunidade e buscaram intensificar a negociação para bloquear a aparição no patrocínio de outras concorrentes da mesma área.

A Rio Motorsports também havia fechado em março deste ano a compra dos direitos de TV da MotoGP e optou por colocar as corridas na programação da Fox Sports. Porém, após problemas com o cumprimento das cláusulas contratuais, o acordo acabou desfeito. A Fox Sports então renegociou diretamente com a dona da categoria, a Dorna, e assinou recentemente um acordo por seis anos.

A reportagem do Estadão nada disse sobre o GP do Brasil de 2021. A Liberty tem uma proposta do governo de São Paulo para renovar o contrato por USD 20 milhões por ano por mais cinco anos, mas ainda não obteve resposta.

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AS - www.autoracing.com.br

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