F1 – Grid invertido voltá à tona com grande chance de ser aprovado para 2021

GP do Brasil

A Fórmula 1 está preparada para conversar novamente sobre corridas com grid invertido em finais de semana de corrida específicos, na sequência do dramático e emocionante GP da Itália em Monza. Seriam corridas do tipo Sprint.

Pierre Gasly teve uma vitória surpreendente depois que Lewis Hamilton, da Mercedes, recebeu uma punição e os outros favoritos habituais tiveram problemas.

Gasly foi acompanhado no pódio por Carlos Sainz Jr. da McLaren e Lance Stroll da Racing Point, marcando a primeira corrida desde a Hungria 2012 onde nenhum piloto da Mercedes, Red Bull ou Ferrari terminou entre os três primeiros.

Hamilton lutou contra uma diferença de 30 segundos atrás do pelotão para terminar a corrida em P7, escalando o pelotão depois que uma punição do tipo stop / go acabou com suas esperanças de vitória.

A corrida emocionante reacendeu o debate sobre o uso de formatos de corridas Sprint (curta) de grid invertido na F1 no futuro.

A ideia foi proposta como uma alternativa à classificação em corridas selecionadas em 2020, mas a Mercedes bloqueou a mudança, pois esse tipo de mudança exige aprovação unânime.

Escrevendo em sua coluna pós-corrida, o diretor de automobilismo da F1, Ross Brawn, disse que Monza tinha sido planejada como uma corrida onde uma corrida sprint de grid invertido teria substituído a classificação em 2020.

Ele disse que a corrida de domingo provou o tipo de emoção que um choque na ordem do grid pode oferecer e que foi a oportunidade perfeita para revisitar a proposta para o futuro.

“Monza era uma candidata uma corrida Sprint de grid invertido quando estávamos considerando testar o formato este ano”, disse Brawn.

“Infelizmente, não pudemos avançar com isso, mas o conceito ainda é algo que nós e a FIA queremos trabalhar nos próximos meses e discutir com as equipes no próximo ano.

“Acreditamos que a corrida de ontem mostrou a emoção que um grid misturado pode proporcionar e com os carros do próximo ano permanecendo os mesmos deste ano – nossos fãs puderam ver o drama semelhante que vimos neste fim de semana em Monza.

“É claro que, com uma corrida Sprint com grid invertido, as equipes acertarão seus carros de maneira diferente. Agora, a Mercedes ajustou seus carros para alcançar a volta mais rápida e então controlar a corrida na frente.

“Se eles soubessem que teriam que ultrapassar, eles teriam mudado a abordagem do acerto de carro.”

“Continuaremos avaliando novos formatos com o objetivo de aprimorar o espetáculo, mas sempre mantendo o DNA da Fórmula 1.”

Entende-se que as conversas sobre os formatos de corrida para 2021 estão programadas para aumentar entre a F1, a FIA e as equipes nas próximas semanas, durante as quais as corridas de sprint com grid invertido estão na agenda.

Mas ao contrário das negociações para 2020, onde a mudança exigia unanimidade, a estrutura de governança alterada sob o novo Pacto de Concórdia para 2021 significa que apenas uma ‘super maioria’ é necessária para levar a cabo a mudança.

A ‘super maioria’ é alcançada com 28 votos. Tanto a FIA quanto a F1 detêm 10 votos, com as 10 equipes tendo cada uma um único voto.

Isso significa que a ideia poderia ser aprovada para 2021 mesmo com duas equipes rejeitando a mudança.

Nota do editor: Como seria uma corrida do tipo Sprint na F1?
Esse tipo de corrida substituiria a classificação em algumas pistas. Seria uma corrida curta no sábado de provavelmente 30 a 45 minutos onde o primeiro colocado na tabela do campeonato mundial largaria em último, o segundo colocado em penúltimo e assim por diante até o último colocado, que largaria em primeiro.

O resultado dessa corrida formaria o grid de largada para a corrida “normal” de domingo. E isso não aconteceria em todas as pistas, mas só naquelas onde as ultrapassagens não são um enorme problema. Monza seria uma delas, Spa provavelmente outra, Áustria, Bahrain, China, Baku, talvez EUA…

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