F1 – Briatore: O mundo deve começar a conviver com o vírus

Flavio Briatore

“Nada será igual” na sequência da pandemia do coronavírus, alertou o antigo chefe da equipe de F1, Flavio Briatore. Além dos riscos de saúde e das mortes, o italiano diz que a crise global é “uma catástrofe para toda a economia”.

“Dentro de alguns meses, os chineses vão comprar todas as melhores empresas italianas. O vírus vai nos obrigar a mudar o nosso raciocínio”, disse Briatore ao jornal Corriere della Sera.

Em todo o mundo, esportes como a Fórmula 1 estão parados e em perigo de colapso, enquanto as pessoas estão escondidas nas suas casas sob ordens governamentais. “Não podemos continuar a perseguir o vírus – temos que começar a raciocinar com ele, a conviver com ele”, declarou.

“Temos que minimizar o seu impacto, porque as nossas vidas mudaram para sempre”, afirmou Briatore. “As instituições devem falar a uma só voz, da política aos médicos, para não desestabilizar as pessoas”.

Briatore conhece bem Donald Trump, mas relatou: “Não tenho notícias dele há meses, mas certamente que ele – assim como nós, como Macron, como Johnson – subestimou a situação. Mas penso que ele será reeleito porque não tem adversários sérios”.

Quanto ao coronavírus e à reação, disse Briatore: “Nada mais será o mesmo.

A F1 está tomando todo o tipo de medidas de emergência para salvaguardar as equipes e o próprio esporte e tentar elaborar um calendário de corridas alternativo. “Sempre disse que tudo o que não se vê no carro deve ser igual”, argumenta Briatore.

“Quanto mais semelhantes forem os carros, mais os melhores pilotos emergem e as equipes de nível médio podem ser competitivas. No entanto, o limite máximo de despesas deve ser estabelecido não através da fixação de um número, mas através de um regulamento – o número de mudanças de asa, o número de horas de túnel de vento”, prosseguiu.

“E as corridas devem ser mais curtas – duas delas durante quarenta minutos por fim de semana”, concluiu Briatore.

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