MotoGP – Honda descontente pela Ducati mudar para a classe Open

terça-feira, 4 de março de 2014 às 13:44

Andrea Dovizioso

A Honda disse que “não está feliz” sobre as circunstâncias em que a Ducati fez sua mudança radical deixando de ser uma equipe de fábrica para ser participante da classe Open na MotoGP.

O chefe de equipe da HRC Livio Suppo, disse que, apesar de ser simpático às prioridades da Ducati, esta mudança vai contra o que ele acredita ser a base fundamental para a criação da classe Open.

Ele também expressou seu descontentamento sobre o lançamento de novo software e especificação mais sofisticada poucos dias antes da Ducati confirmar a sua mudança. Andrea Dovizioso, agora montando uma Ducati classe Open, terminou apenas seis milésimos de segundo da Honda de Dani Pedrosa após o segundo dia de testes de pneus em Phillip Island na terça-feira.

“Como Honda, nossa posição é clara. Nós entendemos que a Ducati está atrás, então estão tentando de tudo para recuperar”, disse Suppo ao site oficial do MotoGP. “Claro que as regras da classe Open os permitirá trabalhar no motor durante a temporada, o que é importante para eles, eu entendo. Por outro lado, não estamos tão felizes que – apenas alguns dias antes do anúncio da Ducati ir para a Open – houve a introdução do novo software da Magneti Marelli, que é muito mais complicado do que o padrão da classe Open”.

“Eu penso que isso é algo que temos de discutir. No final das contas, se a classe Open está numa moto de fábrica, com software muito sofisticado, mais combustível, mais testes, mais motores para uma temporada, não é uma classe mais barata em comparação com as motos de fábrica. Eu acho que esse foi o objetivo da regra: criar uma classe mais barata. Então acho que nós precisamos discutir sobre isso”.

Perguntado se a equipe de fábrica da Honda poderia estar tentada a experimentar correr na classe Open – e, portanto, se beneficiar da falta de congelamento do motor, subsídio de combustível extra e uma tolerância de 12 motores por temporada – Suppo disse que resolver os princípios da classe recém-criada foi a sua única prioridade.

“Precisamos entender – em conjunto com a Dorna e a MSMA – se era claro para todos qual era o objetivo desta classe”, disse ele. No nosso entendimento, e acho que foi a compreensão de todos, seria uma classe mais barata do que as motos de fábrica. Já com a interpretação da Ducati, não é”.

“É apenas uma questão de se sentar ao redor da mesa para ver o que nós queremos para o futuro. Se queremos uma classe mais barata, esta (Open) não é ela”.

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