WEC – Audi Sport pronta para desafio inédito em Interlagos

quinta-feira, 13 de setembro de 2012 às 16:13
McNish, Kristensen, di Grassi, Tréluyer, Fässler e Lotterer

McNish, Kristensen, di Grassi, Tréluyer, Fässler e Lotterer

A equipe Audi Sport, campeã por antecipação do Mundial de Endurance da FIA (WEC) entre os construtores, fará neste fim de semana sua estreia no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, com os modelos Audi R18 e-tron e o R18 ultra. A primeira prova em solo brasileiro do torneio criado neste ano pela Federação Internacional de Automobilismo será realizada neste sábado (15), e terá seis horas de duração. O evento trará ao país os mesmos carros que disputam as 24 Horas de Le Mans e outras provas de endurance tradicionais no cenário internacional, como as 12 horas de Sebring.

As 6 Horas de São Paulo marcarão, também, a estreia do piloto brasileiro Lucas di Grassi pela Audi Sport, e também a primeira corrida dele no Mundial de Endurance da FIA. Uma estreia naturalmente cercada de grande expectativa, em meio a máquinas que serão um show à parte para quem aprecia tecnologia e velocidade.

“Vejo o FIA WEC como uma categoria, sob alguns aspectos, até mais complexa do que a própria Fórmula 1, porque há mais variáveis no trabalho do fim de semana. As equipes podem levar diversos compostos de pneus para as provas e, além disso, as corridas são longas, o que exige estratégia. Nesse contexto, a técnica de pilotagem não é apenas focada no tempo de volta. O conceito é um pouco diferente do que aquele aplicado nas demais categorias pelas quais competi. Precisarei de, pelo menos, mais uns dois ou três mil quilômetros de experiência com o carro para ficar totalmente à vontade nele”, falou di Grassi.

Na semana passada, Lucas voltou a testar o R18 e-tron em Lausitz, na Alemanha. “Até certo ponto, o R18 e o F1 têm comportamentos parecidos, mas depois de um determinado limite são carros muitos diferentes. Por isso será necessário um período de adaptação. Além do foco na performance em si, terei que me acostumar à dinâmica de uma prova como esta, já que nunca fiz uma corrida do Mundial de Endurance. E esse tipo de prova, por envolver estratégia e muitas ultrapassagens, exige planejamento e um comportamento diferente por parte do piloto”, acrescentou.

O brasileiro desembarcou no país no final da semana passada, e nos últimos dias cumpriu sua agenda de compromissos com a imprensa e com os patrocinadores. Na última terça-feira, ele participou, junto de toda a equipe Audi Sport e do ex-piloto Emerson Fittipaldi, de um jantar beneficente promovido pelo Instituto Arte de Viver Bem. Desta quarta-feira em diante, seu foco passa a ser a adaptação ao novo time, e o desenvolvimento da melhor estratégia para a corrida. Nas 6 Horas de São Paulo, Lucas dividirá o R18 ultra #2 com o escocês Allan McNish e com o dinamarquês Tom Kristensen, duas lendas da categoria que pilotam para a equipe Audi desde 2000. Com oito vitórias nas 24 Horas de Le Mans, Kristensen é o maior vencedor dessa prova, considerada a mais importante corrida de endurance do mundo. McNish venceu a corrida francesa duas vezes.

“O trabalho de acerto de um carro de corridas, seja ele um Fórmula 1, um kart ou um Stock Car, segue o mesmo princípio, que é a busca por maior área de contato dos pneus com o solo. E nos carros do Mundial de Endurance o processo é o mesmo. O que difere essa categoria das demais, claro, são as características dos carros, o que exige um período natural de adaptação para um piloto estreante. O Audi R18 tem um grip mecânico muito bom e muito downforce. Se ele tivesse o mesmo peso de um Fórmula 1, seria tão rápido quanto. Por outro lado, estes cerca de 200kg a mais que o carro carrega em relação aos F1 criam um comportamento diferente, principalmente em curvas de baixa velocidade”, analisou o brasileiro.

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