Toto Wolff, o chato

quinta-feira, 18 de setembro de 2014 às 18:50

Toto Wolff

Por: Corredor X

Para alguns devotos da F1 – e pode me colocar nessa lista -, Toto Wolff está cada vez mais irritante do que divertido. As missivas diárias das histórias em quadrinhos de Toto parecem de alguém que descobriu o karaokê e após a perda pública de sua virgindade, não quer mais dividir o microfone com ninguém.

Antes de Spa nesta temporada vimos Toto o racional, Toto o arauto da marca Mercedes, Toto a voz da razão informando a todos nós que tudo estava sob controle, Toto o pacificador revelando que conversas conciliadoras resultaram em harmonia dentro da equipe Mercedes e Toto o misterioso – que informou ao mundo que a Mercedes F1 tomou ações sem precedentes para disciplinar Rosberg por sua batida em Hamilton em Spa -, mas recusando-se a indicar a punição.

Agora estamos vendo Toto o honesto. Abrindo seu coração, ele afirma: “É tão intenso estarmos desbravando novos caminhos em deixar os meninos disputarem da forma como fazemos. Assim, somos obrigados a cometer erros que eu acho que é a maneira que deve ser. Você pode ser um político ou você pode expressar sua frustração.”

Toto o novato, parece estar aquém das possibilidades de gerenciar uma equipe campeã de F1 ao desnudar toda sua inexperiência.

Claramente, Toto o historiador não tem muito mais do que os quatro ou cinco últimos anos das edições da revista Autosport como ponto de referência. Seu último clamor, “estamos desbravando novos caminhos em deixar os meninos disputarem”, é delirante. A Mercedes F1 merece mais classe e integridade do que uma afirmação de camiseta barata como essa.

Toto o confuso também apareceu agora. Ser ou não ser um político, essa é a questão. “Eu não sei qual é o certo ou errado”, confessa Toto, “mas no fundo realmente não importa, porque se perdermos os dois campeonatos com o carro que temos, nós falhamos. Nós seríamos motivo de chacota – e com razão.”

“E se ganharmos, as pessoas vão se lembrar que tivemos situações difíceis, mas conseguimos gerenciá-las da maneira certa.”

Vamos lá Toto! Seu último achado é tentar é associar a cultura da Mercedes com o “coração nas luvas” estereotipado pelos muitos fãs de Hamilton. “Nós usamos o nosso coração em nossas luvas, como eles costumam dizer sobre Lewis. A emoção é uma parte integrante do sucesso da equipe”.

Sério? Bem, isso explica muita coisa. Tradicionalmente, pensamento claro e uma estratégia sólida para todas as eventualidades são valores altamente desejáveis para uma equipe de F1. Tornar-se ‘emo’ é o trabalho de Nicole quando ela sente que o relógio biológico está correndo e, por sua vez dá uma ‘surra’ em Lewis

Mas Toto o filósofo ainda não terminou: “Se você olhar para a carreira de Lewis – e estou apenas pensando em voz alta – drama e glória sempre estiveram muito próximos uns dos outros”, diz Wolff. “Eu não sei por que isso acontece. Mas quando você descrever este ano – drama e glória estarão muito ao lado um do outro.”

Fico imaginando como as pessoas vão descrever a performance de Toto o grande depois que essa temporada acabar…

AS - www.autoracing.com.br

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