O simples fato de amar um esporte

Fernando Alonso, Sebastian Vettel e Lewis Hamilton

Colaboração: Eriberto Macedo

Sempre fui um apaixonado por esporte a motor em especial a Formula 1, a quem acompanho desde os áureos tempos de Senna, Piquet, Lauda, Mansell, Prost, Alboreto, Berger, onde existia uma luta campal entre monstros consagrados, em outra geração vi, Schumacher, Coulthard, Villeneuve, Rubinho, Hakkinen, Hill, e hoje vemos Alonso, Vettel, Hamilton, Nico, Massa, onde vi a evolução da categoria desde efeito solo, controle de tração e estabilidades, câmbios automatizados, DRS, Duto Z, ventilador, suspensões ativas, mapeamento de motores, difusores duplos, assoalhos flexíveis, asas flexíveis, super freios, escapamentos soprados a efeito coanda, evolução aerodinâmica total, umas boas e outras não para o esporte.

Vivi a época que motores eram livres onde na mesma categoria tinham V8, V10 e V12, também vivenciei dois pilotos Senna e Prost em uma guerra particular um jogou o carro em cima do outro e assim se sagrou tricampeão mundial e no outro ano o mesmo que foi atingido jogou o carro nas mesmas condições e se tornou bicampeão e começou a se tornar uma lenda e um ano depois conseguiu seu tricampeonato e pra muitos foi consagrado o melhor piloto de todos os tempos.

Vivenciei a hegemonia do 7x campeão mundial Schumacher, herói para alguns e trapaceiro para outros, mas o fato é que tirou a Ferrari de um jejum de títulos que se estendia por anos e anos, e a partir daí o renascimento de uma escuderia lendária que ganhou 5 títulos consecutivos. Também vi a evolução de um piloto que pra muitos é o melhor do grid atual Alonso, que conseguiu quebrar a impressionante sequência de títulos da lendária Ferrari, e de um outro jovem alemão que em uma equipe satélite venceu e conquistou mais pontos que a equipe principal onde tinha um piloto ao nível de Coulthard e na sua aposentadoria foi promovido a equipe principal e se tornou o mais jovem tetracampeão do mundo, também acompanhei o primeiro negro na F1 o menino Hamilton, que no seu primeiro ano quase foi campeão e no segundo ano se tornou campeão mundial e nesse ano incontestavelmente se tornou bicampeão e centenas de outras historias.

A Formula 1 é fascinante mesmo não gostando de algumas regras ou evoluções ela ainda te prende, é o simples fato de concordar e ao mesmo tempo discordar, é ver uma evolução que é bem vista para muitos como não é para outros, que preferem o saudosismo e queriam algo mais voltado para a emoção, porém ambas as pessoas que tiveram a honra ou privilegio de estar em um autódromo e ver um carro rasgando na reta faz esquecer o que decepcionou na temporada e voltamos a torcer pelo esporte, muitas vezes eu sei que estou errado, mas por querer uma F1 mais aos moldes antigos eu bato de frente, mesmo sabendo que o mundo evolui e como tudo o esporte também tem que evoluir e não se apegar no passado, Assim peço desculpas por muitas vezes criticar e discordar dos confrades e do nobre amigo Adauto, mas quem ama o esporte tenta defender ele a seu gosto mesmo que muitas vezes não sendo o correto.

Eriberto Macedo 
Fortaleza, Ceará

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