MotoGP – Conheça um pouco de Brno, na República Tcheca

domingo, 5 de agosto de 2018 às 7:40
Dani Pedrosa em Brno

Dani Pedrosa triunfou em 2012

O circuito de Brno, na República Tcheca, que é um dos mais famosos do Mundial de MotoGP, conseguiu uma transição bem sucedida dos tempos de pista de estrada para traçado permanente. Brno recebe o Campeonato desde 1987, exceção feita ao ano de 1992.

Apesar do número de curvas e “esses”, que levariam uma pessoa a pensar que se trata de um circuito lento, Brno, é a sexta pista mais rápida do Mundial, com uma velocidade média de 163,7 km/h. A natureza sinuosa do traçado é contra-balanceada pela largura da pista, os 15 metros de largura, permitem aos pilotos escolherem a trajetória, para fazerem curvas mais abertas.

Além disso, o número de curvas a esquerda é muito parecido ao número de direita, seis e oito curvas respectivamente, os pneus utilizados, são fabricados de forma simétrica e se comportam de forma regular ao longo da volta.

Um ponto importante das corridas neste traçado, com um total de oito esses, é o ajuste da suspensão e chassi para que a moto fique leve e ágil. Para que isso seja possível é importante que a moto tenha um centro gravitacional baixo e que as afinações de pilotagem permitam rápidas mudança de direção. Não há curvas excessivamente rápidas, então não é preciso encontrar grande estabilidade na frente da moto.

Cinco dos oito “esses” são chicanes rápidas, são utilizadas molas duras para suportar as forças aplicadas pelas motos nestas mudanças de direção. Na suspensão da frente é preciso ter atenção à curva dez, já que surge depois de uma rápida em descida, com 5% de inclinação.

As afinações do motor são cruciais nesta pista. Por um lado, o motor tem de dar potência de forma suave de 0 a 15% do acelerador. As curvas são muito longas, e o acelerador é aberto muito cedo na curva, com a moto ainda inclinada, a suavidade é fundamental para garantir velocidade na reta seguinte. Por outro lado, a entrega suave de potência não pode prejudicar a potência máxima uma vez que as significativas subidas (há quase um quilometro de subida continua, com uma inclinação de 7,5%) significam que o motor tem de dar tudo para conseguir velocidades elevadas neste ponto.

Casey Stoner em 2011

Casey Stoner foi o vencedor em 2011

Em circunstâncias normais, são utilizadas cinco marchas, a primeira só é utilizada na partida. Todas as outras marchas são usadas e têm que ser ajustadas para que a rotação do motor fique na zona de entrega máxima de potência. É necessário ter especial atenção à segunda marcha, já que, com exceção das primeiras e últimas curvas, que se faz em terceira, todas as outras são feitas em segunda. A importância desta marcha torna-se ainda maior quando analisamos a percentagem da volta que é feita em segunda: 60%.

Como o circuito é equilibrado, com praticamente o mesmo número de curvas direitas e esquerdas, os pneus utilizados são simétricos e não tendem a causar problemas. Só em anos em que as temperaturas estão muito altas é que se têm verificado problemas com o pneu traseiro e, em algumas ocasiões, em curvas como a número um, onde há grande inclinação, sente-se um aumento das vibrações.

Veja quem venceu nos últimos anos traçado theco:

1998 – Max Biaggi, Yamaha
1999 – Tady Okada, Honda
2000 – Max Biaggi, Yamaha
2001 – Valentino Rossi, Honda
2002 – Max Biaggi, Yamaha
2003 – Valentino Rossi, Honda
2004 – Sete Gibernau, Honda
2005 – Valentino Rossi, Yamaha
2006 – Loris Capirossi, Ducati
2007 – Casey Stoner, Ducati
2008 – Valentino Rossi, Yamaha
2009 – Valentino Rossi, Yamaha
2010 – Jorge Lorenzo, Yamaha
2011 – Casey Stoner, Honda
2012 – Dani Pedrosa, Honda
2013 – Marc Márquez, Honda
2014 – Marc Márquez, Honda
2015 – Jorge Lorenzo, Yamaha
2016 – Cal Crutchlow, LCR Honda
2017 – Marc Márquez, Honda

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