Mansell: F1 precisa de grid maior

domingo, 28 de janeiro de 2018 às 9:52

Nigel Mansell

A Fórmula 1 carece de profundidade de competição e precisa encontrar uma forma de aumentar o grid, de acordo com o campeão mundial de 1992 Nigel Mansell. A categoria não atinge a sua quota máxima de 26 carros desde o GP do Canadá de 1995, que foi o último evento que a equipe Simtek disputou antes de sair do mercado.

O ano anterior foi a última vez em que as equipes – invariavelmente a recém-chegada Pacific – não conseguiam se classificar devido ao limite. Em 2010 haviam 24 carros, quando a HRT, a Lotus Racing e a Virgin Racing juntaram-se à F1, mas todas elas foram desistindo, e a Haas é a única novidade desde então.

Mansell diz que melhorias na segurança significaram que os pilotos têm carreiras mais longas e, portanto, há menos oportunidades para as estrelas em ascensão avançarem. “Sem desrespeito à Fórmula 1, mas a profundidade da concorrência não existe como nos anos 80 e 90”, disse Mansell ao site Autosport.

“Queremos ver 26 carros no grid. Há muitos pilotos dignos que estão atrasados ​​e não têm para onde ir. Ao longo dos anos, havia pilotos ficando feridos e sendo substituídos. Sempre houve um novo fluxo de sangue todos os anos, sempre carros entrando. Isso secou”, comentou o inglês.

“A FIA fez um trabalho incrível com a segurança, as fabricantes trabalharam de perto para tornar os carros mais seguros. Um piloto tem um período de carreira quase duas vezes maior, o que é bom para eles, mas quem espera entrar nunca terá a oportunidade”, explicou Mansell.

No ano passado, Zoran Stefanovic revelou planos para uma segunda tentativa de entrar com uma equipe, tendo previamente tentado se juntar ao grid como Stefan GP, ​​mas isso não se materializou.

O presidente da FIA, Jean Todt, disse que não tinha recebido nenhuma oferta que considerasse séria de partes interessadas em entrar com novas equipes. Ele já havia dito que a F1 não atrairia mais novas equipes sem que a nova dona, Liberty Media, agitasse seu sistema de divisão de receitas: os contratos da F1 com as equipes expiram no final de 2020.

EB - www.autoracing.com.br

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