F1 – Honda e Renault ainda precisam melhorar confiabilidade da UP

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020 às 15:55

Red Bull Honda e Renault

Apesar dos ganhos de desempenho alcançados pela Honda e Renault, japoneses e franceses ainda estão fazendo avanços quando se trata da confiabilidade e durabilidade de suas complexas UPs híbridas.

A F1 introduziu unidades híbridas bastante complexas em 2014. Quando o regulamento entrou em vigor, a Mercedes chocou seus rivais, Ferrari e Renault com seu produto poderoso e confiável e desfrutou de uma vantagem competitiva de cerca de 80 hp no primeiro ano e cerca de 50 hp em 2015 e 2106. No entanto, a Ferrari conseguiu obter ganhos, investindo pesado no desenvolvimento de sua unidade de potência híbrida e em 2017 começou a chegar mais perto.

Dizem no meio que em 2017 a Ferrari já estava parelha em termos de potência e assim também ocorreu em 2018. Em 2019 finalmente a Mercedes perdeu totalmente a hegemonia dos motores para a Ferrari.

A Renault e a Honda, que voltou ao esporte em 2015, acharam particularmente difícil acelerar e acompanhar o incrível ritmo de desenvolvimento dos dois principais fabricantes. No entanto, como o regulamento das UPs permaneceu estável, a Renault e a Honda puderam fazer avanços, com sugestões de que a dupla atingiu o nível da Mercedes.

O chefe da Renault, Cyril Abiteboul, chegou ao ponto de dizer que sua equipe alcançou a Ferrari e que tem a melhor unidade de potência junto com a equipe italiana.

“De acordo com nossas medições, a Ferrari e atualmente nós temos os motores mais potentes na corrida. Depois vem a Honda e a Mercedes”, disse Abiteboul, citado pela Auto Motor ind Sport.

Em contraste com essa afirmação ousada, o chefe de motores da Mercedes, Andy Cowell, sugeriu que o fabricante de motores alemão esteja em um nível semelhante de potência ao da Renault e Honda, enquanto a Ferrari desfruta de uma vantagem competitiva. “As diferenças entre Honda, Renault e nós são mínimas. Atualmente, a Ferrari é quem se destaca”, afirmou Cowell.

Com a introdução dos motores híbridos, tornou-se bastante difícil avaliar a qualidade e a competitividade de uma UP em relação aos motores convencionais de antigamente. Há uma diferença significativa nas configurações de classificação e corrida, e o número muito limitado de unidades enfatiza a durabilidade e a confiabilidade dos motores.

Durante a temporada de 2019, cada piloto pode usar apenas um número limitado de elementos da UP – dos quais existem seis tipos. Os limites são três ICE (motor de combustão interna), MGU-H (unidade geradora de calor do motor), TC (turbocompressor), dois ES (armazenamento de energia), CE (eletrônica de controle) e MGU-K (unidade geradora de energia cinética) )

Ao analisar as unidades de potência em termos de durabilidade mostradas na temporada de 2019, é vital ressaltar que a Ferrari e a Mercedes fornecem seis carros com seu produto, enquanto apenas quatro são movidos pelas UPs Honda e Renault.

Em termos de motor de combustão interna, a Ferrari provou ser a mais confiável, enquanto a Mercedes teve alguns problemas técnicos, principalmente nos carros de Valtteri Bottas e Sergio Perez. Também vale a pena notar que a Mercedes instalou dois novos motores de combustão interna no carro de seu piloto finlandês, talvez realizando experimentos sobre componentes e soluções da UP voltados para essa temporada de 2020.

A Honda usou a maior quantidade de motores de combustão interna durante a temporada. A alta quantidade de motores se deveu, em parte, a problemas de confiabilidade que surgiram no meio da temporada e, em parte, a experimentos com motores após as férias de verão, quando a Red Bull introduziu três novos motores de combustão interna no período de quatro GPs.

A Mercedes se destaca pela confiabilidade de seus controles eletrônicos, enquanto isso provou ser um calcanhar de Aquiles para Ferrari e Renault. Pelo contrário, a Mercedes experimentou problemas de natureza diferente com o turbocompressor durante a temporada, levando-os a exceder o limite com Valtteri Bottas, Sergio Perez, Lance Stroll e Robert Kubica.

No que diz respeito aos pilotos, apenas dois pilotos – Lewis Hamilton e Romain Grosjean – conseguiram completar a temporada sem punições por uso de componentes extras da UP. O carro mais sedento pertenceu a Daniil Kvyat, que usou um total de 33 componentes da unidade de potência, em vez do número máximo de peças permitidas de 15.

Veja como foi o uso de componentes da UP de cada piloto em 2019
Coloque o celular na horizontal para ver a tabela completa

Piloto Equipe ICE TC MGU-H MGU-K ES CE Total
Lewis Hamilton Mercedes AMG 3 3 3 2 2 2 15
Valtteri Bottas Mercedes AMG 5 5 5 3 2 2 22
Sebastian Vettel Ferrari 3 3 3 2 2 3 16
Charles Leclerc Ferrari 4 3 3 2 2 2 16
Alexander Albon Red Bull Honda 5 5 5 4 3 3 25
Max Verstappen Red Bull Honda 5 4 4 3 3 3 22
Daniel Ricciardo Renault 5 4 4 4 3 4 24
Nico Hulkenberg Renault 6 4 4 3 2 3 22
Romain Grosjean Haas Ferrari 3 3 3 2 2 2 15
Kevin Magnussen Haas Ferrari 3 3 3 2 2 3 16
Lando Norris McLaren Renault 4 4 4 4 4 4 24
Carlos Sainz McLaren Renault 6 5 5 5 5 4 30
Sergio Perez Racing P. Mercedes 5 5 5 4 2 2 23
Lance Stroll Racing P. Mercedes 4 4 4 2 1 1 16
Kimi Raikkonen Alfa Romeo Ferrari 4 3 3 2 2 3 17
Antonio Giovinazzi Alfa Romeo Ferrari 4 4 4 2 2 4 20
Pierre Gasly Toro Rosso Honda 7 5 5 5 3 3 28
Daniil Kvyat Toro Rosso Honda 7 7 7 6 3 3 33
George Russell Williams Mercedes 3 3 3 2 3 3 17
Robert Kubica Williams Mercedes 4 4 4 2 2 2 18

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