F1 – Grid vem mudando mais rapidamente

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018 às 2:12

Esteban Ocon e Max Verstappen

Apesar de não parecer, o grid da F1 vem mudando mais rapidamente ao longo dos últimos anos.

Embora não tenhamos visto muitas instâncias em que os pilotos mais jovens tomem diretamente o lugar de veteranos, nós temos muitos pilotos mais jovens e mais inexperientes no esporte, enquanto muitos veteranos que correram recentemente não estão mais na categoria, apesar de terem saído quando ainda eram comprovadamente competitivos.

Por exemplo, o campeão de 2009, Jenson Button, de 37 anos, completou sua temporada final como piloto de F1 em tempo integral em 2016 e Felipe Massa fez a mesma coisa na temporada passada aos 36 anos. Na verdade, Massa inicialmente planejava se aposentar depois da temporada de 2016. Na verdade, foi anunciado que Lance Stroll, agora com 19 anos, seria o seu substituto para a temporada 2017.

Mas Massa acabou voltando como resultado do fato de Nico Rosberg ter anunciado sua aposentadoria inesperada e Valtteri Bottas substituí-lo na Mercedes, deixando um assento aberto na Williams para a temporada 2017 ao lado de Stroll, que seria seu substituto.

Além dessas circunstâncias, Mark Webber, de 41 anos, se aposentou da F1 após a temporada de 2013, e o sete vezes campeão Michael Schumacher, 48, parou após a temporada de 2012.

Na temporada 2018, obviamente temos 20 titulares para 10 equipes. Desses 20 pilotos, sabemos quem serão 19, e o vigésimo provavelmente será Sergey Sirotkin de 22 anos, que substituiria Felipe Massa na Williams.

Desses 20 pilotos, apenas quatro deles estão acima dos 30 anos. Dos 16 pilotos que ainda não têm mais de 30 anos, 14 deles ainda estão em seus 20 anos, e nove desses 14 pilotos ainda não têm mais do que 25 anos de idade. Na verdade, três desses nove pilotos ainda têm 20 anos ou menos.

O que mudou é que antigamente os pilotos chegavam mais tarde na categoria máxima do automobilismo. A grande maioria deles começava no kart, depois Formula Ford, Formula 3 inglesa ou europeia, Formula 3000 ou até mesmo a Indy e só depois chegavam na F1. E na maioria dos casos eles ficavam dois anos em cada uma dessa categorias de base.

Hoje em dia muitos pilotos começam muito cedo no kart, ficam por muitos anos lá, depois vão para alguma categoria de base como a Formula 3, ou GP3 ou GP2 e já pulam para a F1.

Se por um lado isso renova o grid mais freneticamente, por outro os jovens parecem ter mais dificuldade em se manterem na F1 por muito tempo. Esses jovens certamente – em sua maioria – estão preparados tecnicamente para a categoria máxima.

Mas e psicologicamente?

O piloto jovem que chega lá tem duas chances para ficar. Ou ele mostra desempenho e consistência imediatamente ou precisa de um grande patrocinador que o banque até ele entender a categoria.

Sem uma dessas duas coisas, dificilmente um piloto jovem passa mais de dois anos na F1.

A Formula 1 – mais do que nunca – é um moedor de gente.

AS - www.autoracing.com.br

Tags
, , , , ,

ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.