F1 – Entenda o polêmico sistema de suspensão de Mercedes e Red Bull

domingo, 15 de janeiro de 2017 às 9:25
Mercedes e Red Bull

Mercedes e Red Bull

Nesta era dominada por motores na Fórmula 1, uma vez que os regulamentos atuais das unidades de potência foram introduzidos em 2014, vimos a aerodinâmica recuar um pouco.

Mas recentemente vimos um aumento no desempenho de Mercedes e Red Bull na frente do grid. Isto é devido ao sistema de suspensão dianteira com um design exclusivo que está sendo implementado para ajudar o equilíbrio aerodinâmico sobre estes dois carros.

Em meados de 2014, a suspensão FRIC (Dianteira e Traseira Interconectadas) foi proibida devido às vantagens aerodinâmicas que trouxe. Os sistemas eram ligados às hastes de impulso dianteiras e hastes de tração na transmissão na parte traseira através das linhas hidráulicas, assim podendo controlar o carro através das curvas, e fornecendo melhor eficiência.

Em 2016, tanto a Mercedes como a Red Bull desenvolveram um novo sistema, que era um imitador do FRIC. Ambos os equipamentos funcionariam com um elemento hidráulico ao lado da mola de apoio convencional na antepara. Isto permitiu um melhor controle da parte dianteira e o carro tinha um ângulo ótimo melhor, o que significa mais downforce e menos arrasto.

Sob o movimento dos pneus, a pressão acumularia e era armazenada em um cilindro na lateral, assim na teoria atua como um conceito híbrido. Esta energia armazenada poderia então ser usada de uma maneira vantajosa, com o carro podendo estar sob um ângulo melhor.

O que mais interessa é que tanto a Mercedes como a Red Bull tiveram sua própria versão no sistema. A Mercedes trabalhava através de curvas de alta velocidade, manipulando o ângulo aerodinâmico do carro com a hidráulica e acumuladores.

Enquanto isso, a Red Bull usou-a para fazer a parte traseira funcionar melhor, usando-a para aumentar seus ângulos de inclinação. A parte traseira relaxava para trás uma vez passado um certo limiar de geometria, retardando assim o fluxo sobre a asa traseira e winglet Y100 e melhorando a velocidade máxima do carro em retas.

Mas recentemente, o designer-chefe da Ferrari, Simone Resta, escreveu uma carta a Charlie Whiting alegando que sua equipe estava considerando introduzir um dispositivo desse tipo, mas queria saber se isso estava contra os regulamentos técnicos atuais.

E a resposta foi sim, pois o artigo 3.15 afirma: “No que diz respeito a se um componente ou sistema é totalmente incidental para o objetivo principal do sistema de suspensão ou foi concebido para afetar diretamente o desempenho aerodinâmico do carro.

Isso significa que uma nova ideia para ajudar a influenciar as características aerodinâmicas do carro, como o movimento de atuação da suspensão dianteira, não pode mais ser usado. Isso deixa as três principais candidatas ao título em um nível similar para 2017.

Com pouco tempo até que os carros de 2017 sejam revelados, e com os carros sendo projetados em torno do controle da suspensão dianteira, Mercedes e Red Bull ficaram com muito o que fazer.

EB - www.autoracing.com.br

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