F1 – Entenda a Dinâmica de Fluidos Computacional na Formula 1 – parte 2

quinta-feira, 18 de novembro de 2010 às 14:20

Assim como ter a função de ser uma ferramenta muito efetiva para visualizar o fluxo de ar ao redor do carro, o DFC é usado diretamente no desenho de um componente. Por exemplo, na intenção de projetar uma nova asa dianteira para uma melhoria aerodinâmica em particular, um número de otimizações do DFC será computado. Esse é um largo processo automático que irá encontrar centenas de possíveis geometrias para serem analisadas em um curto espaço de tempo, antes de selecionar a característica aerodinâmica desejada.A nova peça então será fabricada com a geometria encontrada e testada em túnel de vento para ter os seus atributos confirmados, antes de ser produzida como modelo final para o carro.

Outro exemplo de área onde o DFC é particularmente vantajoso, é quando os engenheiros desejam efetuar alguma grande modificação no desenho do carro, como por exemplo uma mudança na distância entre eixos. Trabalhando no mundo virtual do DFC, não há a necessidade de fabricar componentes de verdade, um número de distância entre eixos pode ser analisado em poucos dias. Isto oferece grande economia de tempo e de custos.

 

 

Com uma ferramenta tão poderosa como o DFC, você talvez se pergunte “Por que precisamos de um túnel de vento então?”. Essa é uma boa questão, uma vez que o túnel de vento ainda é uma parte muito importante no processo. Assim como desenvolver vários desenhos aerodinâmicos no DFC, é necessário “validar” os resultados encontrados pelo programa. Esse processo envolve comparações entre as forças e pressões agindo no modelo em escala colocado no túnel de vento. Essa comparação é necessária para ter a certeza de que os cálculos feitos no DFC não destoam do “mundo real”.

O DFC é predominantemente utilizado para desenvolver o desenho aerodinâmico na Fórmula 1. Mas ele também pode ser aplicado para resolver qualquer problema envolvendo correntes de fluídos. Consequentemente o DFC é usado para o desenho de motores no quesito absorção de ar do motor, análise de combustão no cilindro, análise do fluxo de gases do escapamento, análise do movimento do combustível no tanque conforme o carro se movimenta na pista e finalmente, na análise do calor dos freios.

Na corrida pela conquista de centésimos e milésimos de segundo no tempo que um carro de Fórmula 1 é capaz de marcar em uma pista, as equipes continuam com o seu foco na mais avançada tecnologia. Com os carros ficando cada vez mais sofisticados e computando cada vez mais ganhos de potência, fica claro que o DFC é uma parte crucial na concepção do desenho de um Fórmula 1 moderno.

Veja a parte I desta matéria:
Entenda a Dinâmica de Fluidos Computacional na Formula 1

Fabio Henrique – 14/09/2010 www.autoracing.com.br

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