Todt: F1 poderia correr risco por causa de acidentes graves

sexta-feira, 7 de setembro de 2018 às 16:21

Jean Todt

A Fórmula 1 e outras categorias correm o risco de serem proibidas se pilotos ficassem feridos ou morressem nos tipos de acidentes vistos recentemente, afirma o presidente da FIA, Jean Todt.

Enquanto a F1 digere a história de sucesso de Charles Leclerc no GP da Bélgica, depois que seu halo foi atingido por uma roda do carro de Fernando Alonso, Todt não tem dúvidas sobre o trabalho que a FIA deve fazer.

E com a F1 tendo visto pilotos se afastando de grandes acidentes – como Marcus Ericsson em Monza na semana passada, ou Fernando Alonso no GP da Austrália de 2016 – Todt sabe que tal situação é essencial.

Mortes e lesões eram aceitas como parte da F1 décadas atrás, mas ele diz que o mundo mudou de tal forma que qualquer série de problemas hoje em dia poderia ter consequências terríveis para o esporte.

É por isso que ele está convencido de que, quando há uma chance de melhorar a segurança – como a FIA fez com o halo -, não deve haver hesitação em agir.

“Se você ver o acidente de Alonso em 2016, se você vir o de Ericsson na (última) sexta-feira, você deve gastar algum tempo e perceber o quão incrível (o esporte) se tornou e o progresso que foi feito. Mas nada é garantido”, disse Todt, em entrevista ao site Autosport.

“Algumas décadas atrás, depois de acidentes, os pilotos não estavam lá. Seria uma grande dor, porque o que era aceitável há 40 anos não seria aceitável agora. E isso poderia significar que o automobilismo seria proibido. As coisas mudaram. Então devemos considerar isso”, prosseguiu.

Todt nunca vacilou em sua crença de que o halo era a coisa certa para a F1, apesar de ter enfrentado críticas de vários pilotos sobre sua introdução no início deste ano.

“Às vezes, o mais frustrante é que, quando isso foi feito, os pilotos não estavam muito convencidos”, acrescentou Todt. “Mas de certa forma respeitamos o que eles fazem e eles devem respeitar o que tentamos fazer. Nós fizemos isso porque estávamos convencidos de que era uma coisa boa”.

“E talvez você saiba, isso mudou um pouco o design do carro. Mas sinceramente adoro correr, adoro a F1. Não estou em choque quando vejo um carro com o halo”, garantiu o presidente da FIA.

“Minha preocupação era, eles perdem alguma visibilidade por causa do halo? Nós não queremos introduzir algo em que você melhore um lado da segurança, mas você pode colocar em risco outro. E eles não tiveram nenhuma preocupação. Então, para mim, era óbvio. E mais cedo ou mais tarde sabíamos que algo iria acontecer”, concluiu.

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