Stock Car – Comentários pós corrida – Tarumã 2012

domingo, 30 de setembro de 2012 às 15:13
Átila Abreu em 2012

Átila Abreu

Thiago Camilo, 1º colocado: Muito legal conquistar minha primeira vitória na temporada aqui em Tarumã, uma pista que eu adoro pelas suas características e com a qual  tenho um envolvimento emotivo muito forte. Foi uma corrida dura, pois o asfalto estava extremamente abrasivo e a gente tinha que levar o carro na ponta dos dedos o tempo todo, monitorando os adversários. Fiz uma boa largada, fui para cima do Átila e quando vi que o ritmo do Khodair era muito forte e a vantagem grande, passei a controlar um pouco. Depois que ganhei a liderança a negociação com os retardatários foi tensa, mas consegui, com a ajuda da equipe, que me passava o tempo todo informações pelo rádio, controlar a chegada do Átila. No campeonato, a diferença para a liderança diminuiu na hora certa, na reta final, e agora vamos com tudo para as três corridas finais.

Átila Abreu, 2º colocado: A gente sabia que o desgaste de pneus seria preocupante aqui e inclusive trabalhávamos com a hipótese de fazer um pit-stop. A partir da 20ª volta, começou uma vibração mais forte no carro e fiquei preocupado, então tive que administrar mais ainda. No final deu para aproximar do Thiago Camilo, mas o pneu estava quase na lona nas três voltas finais então preferi poupar. É claro que queria lutar pela vitória, mas tive que pensar também na pontuação no campeonato e não quis arriscar perder 20 pontos na tentativa de somar mais dois. Então foi um jogo de xadrez, em ritmo lento. Acho que foi a corrida em que menos me cansei nas mais de 50 que fiz na Stock Car até hoje. O traçado de Tarumã é maravilhoso, muito desafiador. Mas faço um apelo para que repitam na pista o bom trabalho de reforma que foi feito nos boxes. Os carros tinham potencial de andar até cinco segundo mais rápido aqui, o que não foi possível pela condição do pavimento. Normalmente, nas pistas de elevado consumo de pneus eu sofro um pouco mais para manter a performance. Fiquei feliz por termos conseguido esse pódio no cenário que tivemos nesta prova. A equipe está de parabéns pelo trabalho realizado aqui. Nos outros anos começamos muito bem e enfrentamos problemas na parte decisiva do campeonato. Agora estamos crescendo justamente quando mais importa, o que é animador. Espero trazer logo uma vitória para a equipe Mobil Super Pioneer, pois a equipe já está merecendo. Quem sabe vem na próxima corrida, em Curitiba. Fiz um terceiro lugar lá neste ano e gosto muito da pista paranaense.

Valdeno Brito, 6º colocado: Ninguém no grid sabia ao certo como o carro ia se comportar na corrida. Por isso, procurei ser conservador no início para terminar bem no final. Consegui administrar o desgaste de pneus e chegar em sexto. Chegamos a cogitar o pit stop, mas a estratégia de se manter na pista funcionou. Claro que gostaria de subir no pódio, mas, pensando em termos de campeonato, foi um bom resultado. Meu objetivo desde o início do ano era me manter entre os primeiros para chegar no final do campeonato com chance de título. Estamos conseguindo manter esta meta e vamos para Curitiba, onde vencemos a segunda etapa deste ano.

Denis Navarro, 8º colocado: Foi uma corrida muito difícil e estratégica, com todo mundo economizando pneu para sobreviver até o final. A gente tinha ritmo até para andar mais na frente, mas o time traçou uma boa tática quando percebemos que não seria preciso fazer pit-stop. É muito importante voltar a marcar pontos e avançar no campeonato. Isso sem dúvida vai nos dar força para as corridas finais da temporada.

Nonô Figueiredo, 9º colocado: Conquistei 11 posições, mas o que pode parecer uma corrida agressiva, foi na verdade uma corrida tática. A meta era entender o comportamento do carro e trabalhá-lo de forma que ele conseguisse ir até o final da corrida. Como larguei atrás, lutei para chegar o mais na frente possível. Fomos bem nesse equilíbrio. Achei até que daria para mais, mas o resultado foi razoável. Nossa equipe está competitiva. Sem o pit stop o piloto tem que tomar muitas decisões que definem seu resultado. Em Tarumã isso não aconteceu, a equipe que definiu o melhor caminho. O Atila fez uma ótima corrida e todo nosso grupo está de parabéns. Desde os mecânicos até o Thiago Meneghel, chefe da equipe.

Allam Khodair, 11º colocado: É lamentável que a principal categoria do automobilismo brasileiro corra em uma pista em condições tão ruins. O autódromo foi reformado, mas a qualidade do asfalto é muito ruim e prejudicou não apenas o meu desempenho, mas o de diversos pilotos. Nós fizemos nossa parte. Agora, Tarumã precisa de um recapeamento, ou então não tem condições da Stock Car correr aqui. Nossa arrancada teve uma pausa, mas fazer a pole e liderar com boa folga durante uma grande parte da corrida mostra que nossas condições são excelentes. Vamos seguir evoluindo e nosso plano é chegar a última corrida do ano, em São Paulo, com totais condições de brigar pelo título.

Luciano Burti, 13º colocado: Foi uma das corridas mais difíceis que já fiz. Um desgaste [de pneus] absurdo, não dava para pilotar direito. Quando os pneus chegaram no ponto crítico, ficou muito difícil guiar, muito cansativo mentalmente. Infelizmente, sofremos muito com os problemas mecânicos. Tínhamos condições de contar com um carro competitivo, mas com as dificuldades que enfrentamos nos treinos ficou difícil recuperar.

Eduardo Leite, 14º colocado: Depois de todos os problemas que tivemos, foi bom conseguir este resultado. Agora temos de focar em Curitiba, para já começar diferente, com este acerto que terminamos aqui e estava bom na corrida.

Galid Osman, 15º colocado: Foi uma das corridas mais difíceis da minha vida, porque era complicado ter que fazer uma prova agressiva e ao mesmo tempo conservando os pneus, porque a gente estava virando até seis segundos pior no final da corrida. Começamos bem no treino livre, mas sofri com o ajuste do carro nesta etapa. Por isso, estou feliz com o resultado da corrida, marcando mais seis pontos no campeonato em uma corrida onde larguei em 24o lugar no grid. Estou em 13o na tabela, o que para um estreante é muito bom, porque a Stock Car é muito competitiva e estou conseguindo me manter bem na tabela mesmo a frente de pilotos com muito mais experiência não apenas na Stock como até mesmo internacional. As três próximas corridas serão em pistas onde sempre andei bem: Curitiba, onde andei bem na Stock, e em Brasília e São Paulo, onde já venci corridas na Copa Montana.

Antonio Pizzonia, 18º colocado: Olhando agora, é claro que fica fácil dizer que a estratégia não foi a melhor, porque eu estava em oitavo quando resolvemos fazer o pit stop e terminei em 18o. Tive um problema na parada, mas mesmo descontando este tempo perdido eu não chegaria no top-10. Arriscamos e infelizmente estrategicamente não foi o nosso dia hoje. No momento que parei, ainda havia 20 voltas pela frente. Nosso maior adversário aqui era o pneu e hoje ficou mais do que provado que não venceu o mais rápido da pista mas sim quem conseguiu ter um desgaste menor de pneu, com mais de cinco ou seis segundos de desvantagem no final.

Diego Nunes, 19º colocado: Não ia dar para continuar sem trocar. Nunca vi um pneu da forma que ficou. Estava na lona e ia acabar furando.

Rodrigo Sperafico, 21º colocado: Acertamos a previsão de que os tempos de volta durante essa corrida seriam cerca de três segundos superiores aos do treino de classificação, por causa do grande consumo de pneus. Só não previmos que nossos compostos se degradariam tão rápido em razão do asfalto abrasivo de Tarumã. Tanto eu quanto o Ricardo tivemos pneus furados já no início da corrida, e nas últimas voltas meu ritmo subiu muito porque meus pneus acabaram novamente. Foi uma pena, mas também acredito que estejamos no caminho certo.

Tuka Rocha, 22º colocado: Partindo de trás no grid, a gente sabia que seria uma corrida complicada. Mas até a metade da prova eu consegui fazer um bom ritmo. Só que os pneus começaram a de desgastar muito e não pude me manter na zona de pontuação. Cheguei a pensar em parar no pit stop, mas também não adiantaria. Para Curitiba, vamos partir de um patamar melhor, porque achamos um problema no difusor e assim espero que a gente consiga voltar a ser competitivo desde os primeiros treinos.

David Muffato, 23º colocado: No finalzinho, fui jogado para fora pelo [Antonio] Pizzonia. Ele me atropelou. Mas a corrida inteira não foi fácil. Não era a nossa ideia, mas tive que trocar os pneus. A estratégia foi correta, mas o momento talvez não tenha sido o ideal: se eu parasse duas voltas antes teria sido mais proveitoso. No final, eu era até três segundos mais rápido que os outros pilotos.

Pedro Boesel, 25º colocado: O final de semana como um todo não foi bom. Na corrida, não tive um bom rendimento desde a primeira volta, saindo bastante de frente e aqui nesta pista é complicado este tipo de comportamento. Vamos esquecer esta etapa e pensar na próxima, onde eu já tenho uma referencia bem maior, porque já corri e treinei bastante de Stock Car lá.

Ricardo Sperafico, não terminou: Naturalmente estamos um pouco frustrados pelo abandono, mas o que fica de positivo após esta corrida é o nosso ótimo resultado no treino de classificação. Ficamos a 0s119 da pole position nesta etapa, e durante a corrida tivemos um ritmo muito forte enquanto os nossos pneus aguentaram. Isso mostra que estamos no caminho certo e só precisamos de um pouco mais de tempo.Por ser muito rápida e ter um asfalto antigo, a pista de Tarumã apresenta um consumo de pneus muito elevado. Em Curitiba não teremos o mesmo problema, e já fizemos bons treinos por lá. Por isso a expectativa é boa e o clima na equipe, apesar do abandono, é positivo.

Felipe Maluhy, não terminou: Foi uma pena. O acerto para a corrida estava ótimo. Mas, sem a direção hidráulica, nem o Hulk consegue pilotar nesta pista.

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