Sérgio Sette Câmara testou o F2 2018 pela primeira vez

domingo, 18 de fevereiro de 2018 às 16:08

Sérgio Sette Câmara

Quase 90 dias após ter participado de sua última competição oficial o piloto brasileiro Sérgio Sette Câmara teve nesta quarta-feira de cinzas a esperada chance de pilotar pela primeira vez o novo carro do Campeonato Mundial de F-2.

A sessão de shakedown, nome inglês dado ao momento em que os times tem para conferirem se está tudo certo e bem montado com o novo equipamento, teve no autódromo francês de Magny Cours. As dez equipes inscritas para o Campeonato deste ano puderam levar para a pista apenas um carro e, com isso, em cada período do dia um dos pilotos teve a oportunidade de pilotar o carro.

Após uma noite de muito frio na região, nas primeiras horas da manhã as áreas de escape da pista estavam completamente tomadas por neve, porém, que no decorrer do dia foi se derretendo e, com isso, proporcionando condições de trabalho melhores para os times e todos os pilotos.

Sette Câmara tomou o cockpit de seu Carlin/McLaren Júnior apenas no período da tarde. Ansioso para sentir as grandes diferenças esperadas, principalmente no que se refere ao novo motor turbo, ao câmbio e à parte aerodinâmica, o piloto completou aproximadamente 20 voltas e ficou muito satisfeito com o avanço do carro em relação ao equipamento com que ele competiu em 2017.

“Achei o carro extremamente veloz em baixas velocidades, a força na hora que entra o turbo é impressionante. Nas arrancadas a diferença é brutal. Além disso, com os novos componentes aerodinâmicos o carro tem mais downforce o que nos permite imprimir uma velocidade maior nas curvas. Assim, mesmo com o conjunto estando 30 kg mais pesado que o do ano passado, os engenheiros da Dallara acreditam que o carro novo será em média um segundo mais veloz dependendo do circuito. O Hallo, que muitos falaram que iria atrapalhar, na minha impressão foi como se estivesse usando um óculos. Na hora que você sai do box incomoda um pouco, mas, logo em seguida já se torna natural”, comentou o único piloto brasileiro na categoria.

Porém, Sette Câmara destaca como o maior avanço do novo carro a parte tecnológica. “Para mim a mudança mais significativa foi a tecnológica. O novo carro está muito mais próximo de um F-1 agora não apenas na parte de motor, câmbio e aerodinâmica, mas, também, na eletrônica. O novo volante me lembrou muito o que utilizei quando tive o meu teste com a Toro Rosso, em 2016. Agora temos a chance de mudar a forma de aceleração, alterar ajustes de embreagem e várias outras coisas que nem mesmo nos apresentaram ainda. No carro do ano passado a única coisa que podíamos mexer era no balanço dos freios. Assim, seremos ainda mais exigidos durante as corridas uma vez que, ao clique de um botão do voltante, teremos a chance real de mudar o setup do carro volta a volta, tornando assim o equipamento mais próximo de um ajuste ideal nos diferentes momentos da corrida. Tenho certeza que qualquer piloto da F2, com esta mudança, estará muito mais preparado para fazer um teste de F-1 do que antes”, finalizou o piloto de 19 anos.

A pré-temporada do Mundial de F-2 será realizadas em duas sessões. A primeira delas, em Paul Ricard (França) entre os dias 6 e 8 de março. Já a segunda sessão, com mais três dias, será no Bahrain, entre 21 e 23 de março.

EB - www.autoracing.com.br

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