Rookie Rubens

segunda-feira, 14 de maio de 2012 às 3:20
Rubens Barrichello - Indy 2012
Rubens Barrichello – Indy 2012

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Rubens passou no teste do oval e agora está apto a começar a trabalhar para a maior e mais importante corrida do ano. Acho que aqui no Autoracing todo mundo sabe como é o rookie orientation, mas já que estamos aqui…o piloto vai para a pista e tem de cumprir algumas voltas em cada velocidade indo das 180 até mais de 220 milhas por hora, quando isso é possível pela pista e pelo carro.

Rubens comemorou o feito e ficou feliz, agora está liberado pra pensar em Indianápolis. E lá é tudo diferente. Primeiro porque testar no Texas sozinho, onde a pista tem forte inclinação de até 24 graus nas curvas e é possível andar de pé trancado no acelerador o tempo todo é até mais simples. Simples, porque o número de fatores que influenciam no carro e no piloto é menor que em Indianápolis.

A pista de Indianápolis tem quatro curvas com pequena inclinação de 9 graus e as retas são longas, dá pra carregar velocidade nas curvas dependendo do traçado usado pelo piloto, das condições de acerto do carro e dos ventos e suas rajadas. Não é sempre, portanto que o piloto consegue estar com o pé cravado no acelerador andando nessa pista.

Outra diferença importante é que no Texas o orientador dos rookies, assim como seu spoter nas corridas, consegue ver a pista toda. Em Indianápolis são dois spoters. Um detalhe importante porque o piloto tem de se comunicar com eles durante os treinos e a corrida, adaptando-se ao trabalho de cada um. È como um navegador no rally, só que esse no conforto ( pelo menos está fora do carro), do ponto mais alto da pista. No caso de Indianápolis eles ficam na entrada das curvas um e três.

Essa comunicação entre a equipe e o piloto durante a prova num oval, acho, vai ser outra novidade interessante para saber como Rubens vai se sair nesse tipo de prova. Mesmo que alguns estrategistas hoje falem menos com seus pilotos, sempre vai ser mais que numa prova de F1. E, claro, sempre nos momentos mais delicados das corridas, logo após uma bandeira amarela e durante tráfego mais pesado à frente. Com mais de um falando com o piloto, mas interferência. Além disso tem a corrida em si. Carros lado a lado, tráfego com os retardatários, o traçado ideal nas curvas e ainda a turbulência.

Nos novos DW12 o arrasto aerodinâmico ainda não teve uma avaliação de corrida, coisa que até vamos ver em alguns dos treinos em Indianápolis, mas o frio na barriga de estar a mais de 360 km/h com o carro balançando na aproximação da curva sem muita inclinação…a gente só vai ver mesmo na corrida do final do mês. Por hora, Parabéns rookie Rubens!

Celso Miranda

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