Renault não está na F1 “para fazer amigos”

Cyril Abiteboul

Cyril Abiteboul, diretor de gerenciamento da Renault na Fórmula 1, diz que sua equipe não está na categoria “para fazer amigos”, em meio às críticas contra a potencial contratação de Marcin Budkowski, que trabalhava na FIA.

Soube-se na semana passada que Budkowski deverá ir para a Renault após pedir demissão da FIA, onde seu cargo de chefe técnico da F1 lhe dava um conhecimento privilegiado dos desenvolvimentos que as equipes estavam planejando.

Apesar de não confirmar a contratação de Budkowski, Abiteboul deixou claro que a Renault planeja ser agressiva para atingir sua meta de lutar pelo campeonato nos próximos anos.

“Nós queremos ser uma das equipes de ponta até 2020”, declarou Abiteboul à Sky. “Está em um futuro distante, mas considerando que sabemos o que precisa ser feito, olhando a diferença de até 1.5s entre o pelotão intermediário e as equipes de ponta, é um grande salto”.

“É por isso que precisamos ser agressivos no que faremos para chegar lá até 2020. Você não está neste esporte para fazer amigos. Com qualquer coisa que façamos em termos de contratações – não necessariamente Marcin – precisamos crescer, Enstone precisa crescer bastante”.

“Quando assumimos o local, havia 475 funcionários, agora há 620. Não é segredo que essas pessoas precisam vir de algum lugar, temos de contratá-las de algumas das outras equipes”.

Apesar da controvérsia cercando a contratação de Budkowski, Abiteboul insiste que a Renault não fará nada que poderia violar as regras ou os direitos das equipes rivais.

“A Renault sempre foi extremamente justa e leal”, acrescentou Abiteboul. “Então, independente do que fizermos, vamos assegurar que seja feito de modo muito leal e justo para nossos competidores”.