Rally Dakar – Yamaha sobe para 7º e 8º na geral nas motos, enquanto os Quadris seguem firme na ponta

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013 às 16:27
Olivier Pain

Olivier Pain

Areias fofas, dunas intermináveis, navegação difícil são sinônimo de dificuldades e surpresas, mas são também oportunidades para recuperar tempo perdido. Isso, claro, contando sempre que os líderes possam cair em armadilhas. Não foi o caso, já que a areia mais compactada pela chuva de dias anteriores tornou o desafio mais fácil. Mesmo assim a etapa foi encurtada em 30km já que os organizadores temiam a chuva, que veio outra vez para tumultuar

Pain e Verhoeven se recuperaram bastante tendo largado no bloco intermediário que tem os rastros dos ponteiros para ajudar na navegação. Mas logo depois a tempestade complicou a navegação e jogou a todos em córregos de lama, cheios de água. Muita gente atravessou a pé essas enxurradas, desmontando e andando ao lado da moto. Segundo muitos os 190km desta 4ª feira foram mais difíceis e cansativos do que os 800km de 2ª feira.

Terminaram em 11º (Verhoeven) e 14º (Pain) e agora vão os dois em 7º (Pain) e 8º (Verhoeven) na geral. Para vocês terem uma ideia da gravidade da situação das águas, basta dizer que a especial para carros e caminhões foi encerrada bem antes do final da prova na altura do Posto de Controle 1, quando haviam passado apenas 6 carros. Como já foi comentado, esse Dakar vai ficar na história como o mais ensopado de toda a sua história.

Os Quadris também sofreram e os que ainda não tinha passado pelo Posto de Controle 1,(1h10m de prova das 3h25m realizadas) foram mandados direto para Fiambalá

Não foi o caso dos três Raptors de Patronelli, Casale e Sonik que continuam firmes na ponta com grandes diferenças entre eles e grande avanço (50 minutos de Sonik) sobre a briga pelo 4º lugar na geral. Entre eles o polonês Laskawiec que hoje caiu para 6º, mas tem tempo e capacidade de lutar para integrar a trinca Yamaha da liderança

Nesta 5ª feira saem de Fiambalá (a “Terra do vento” e de apenas 5000 habitantes) pela RN60, cruzam outra vez os Andes pelo Passo de São Francisco (a 4748 metros de altitude) e descem a CH131 em direção a Copiapó (o “Oásis onde floresce o deserto”) e o famoso deserto do Atacama. No programa muita pedra e as dunas do tipo “catedral” em 319km cronometrados que, nesse lado dos Andes, não correm o risco de chuva nenhuma.

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