Rally – Alto desempenho obtido com tecnologia nacional: isso é o XRC

sábado, 19 de maio de 2012 às 13:56

158588 239958 crozeta xrc josemariodias 9579 web Não é a toa que o XRC, nova sensação do rali brasileiro que estreia neste fim de semana no Rally Internacional de Erechim (RS), carrega a palavra “extremo” no nome. Com um projeto inédito na história da modalidade no país, o Xtreme Rally Car oferece aos competidores altíssimos desempenho e prazer de pilotar, a um custo que chega a praticamente 50% do necessário para a compra e manutenção de um veículo similar importado.

Unir extrema performance e dirigibilidade, aliás, foi o objetivo dos idealizadores do XRC desde a concepção do projeto. Dos primeiros esboços à estreia marcada para este fim de semana em Erechim foram necessários dois anos de pesquisas e um intenso trabalho de engenharia e desenvolvimento – realizados pela equipe curitibana Promacchina, que produz os carros segundo o conceito definido para o Xtreme Rally Car.

“Pesquisamos todas as possibilidades, pois queríamos usar peças prontas existentes no mercado nacional, sem comprometer o desempenho do carro. Apenas dois itens do XRC, que são a injeção eletrônica e os amortecedores, são importados. Com isso, conseguimos reduzir pela metade os custos de montagem e manutenção dos veículos”, explicou Maurício Neves, o maior responsável pelo desenvolvimento do projeto Xtreme Rally Car.

Além de baixar o custo, a Promachina também se preocupou com o meio ambiente e tornou o projeto sustentável quando possibilitou a reutilização de peças e o uso de etanol e de lubrificantes biodegradáveis nos motores.

Fácil adaptação – O kit que compõe o XRC se adapta à grande maioria dos carros fabricados no Brasil. Os monoblocos fabricados em série são usados como base e recebem, inicialmente, todos os itens de segurança exigidos pela Confederação Brasileira de Automobilismo para a homologação de um carro de rally. A transformação continua com o motor e passa pelo câmbio, caixa de transferência, diferenciais e suspensão.

O Motor V6 GM de 3.6 litros possui quatro comandos variáveis e atinge 330 cv. Além disso, possibilita vários tipos de acerto, o que garante maior desempenho ao carro.

O câmbio sequencial usado no XRC é fabricado no Brasil pela Bertolotti, do Rio Grande do Sul, e tem como principais características a grande resistência e a facilidade de uso no momento da pilotagem.

Já a caixa de transferência, que vai acoplada ao câmbio, é composta por vários itens encontrados em veículos Mitsubishi fabricados no Brasil. Ela transmite força para os diferenciais dianteiro e traseiro, que também foram encontrados entre os componentes desenvolvidos no país pela fabricante japonesa.

Desenvolvimento próprio – A suspensão tubular do XRC foi inteiramente desenvolvida pela Promacchina em sua oficina e pista de testes no Paraná. Ela tem grande curso e, assim, permite que o veículo encare qualquer tipo de terreno com maior estabilidade e conforto aos tripulantes. Entre os componentes da suspensão há apenas um item importado: os amortecedores Baratec, da Argentina.

Outra vantagem oferecida pelo XRC é a facilidade de construção. “A primeira fase do processo, que corresponde às modificações feitas no chassis, tem de ser feita na Promachina, mas depois cada equipe pode fazer a sua própria manutenção sem grandes problemas”, finalizou Neves.

EB – www.autoracing.com.br

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