Nova esperança brasileira, Felipe Nasr fala sobre carreira, GP2 e F1

segunda-feira, 2 de setembro de 2013 às 16:45

Felipe Nasr

Felipe Nasr, atual vice líder da GP2, começou a chamar a atenção de algumas pessoas da F1, e já foi alvo de rumores que lhe colocavam como favorito para uma vaga na Toro Rosso em 2014, com Bernie Ecclestone declarando que fará de tudo para ver o brasileiro no grid da próxima temporada.

Esta ano, Nasr está apenas cinco pontos atrás de Stefano Colleti, líder da tabela, com três rodadas duplas para o final do campeonato. Mais concentrado do que nunca e focado em conquistar um dos campeonatos mais disputados da história da categoria, Nasr respondeu a algumas perguntas sobre a carreira, a GP2 e a F1.

Perguntado sobre a falta de vitórias na GP2, o campeão da F3 Britânica de 2011 disse não estar preocupado.

FN – “Não estou preocupado. Claro que quero vencer uma corrida, mas este não é meu maior objetivo. Quero ganhar o campeonato, pois isso ajudaria bastante no futuro.”

O piloto da Carlin já mostrou velocidade suficiente para lutar pelo lugar mais alto do pódio, e chegou a ficar apenas a alguns décimos do objetivo. Alguns chegaram até a falar que o brasileiro seria conservador demais.

FN – “Não, é uma questão de estilo. Alguns pilotos atacam no começo da corrida, e outros no final. Em alguns casos, não faltou muita coisa para que eu chegasse em primeiro. Mas no geral, estou satisfeito com os resultados que tenho conquistado. Só não estive nos pontos em duas etapas, e isso prova que tenho sido muito regular.”

Segundo no campeonato, Felipe Nasr não vê seu principal rival marcar pontos desde a etapa de Nurburgring, onde conquistou um pódio. Mas o brasileiro não quer contar com a sorte para o restante da temporada.

FN – “Não. Não estou contando com isso para assumir a liderança, pois sei que todos os pilotos passam por momentos difíceis. Não estou focado nisso, quero fazer apenas minha parte.”

Se o brasileiro alcançar a F1 em 2014, beneficiará da chegada dos motores Turbo, que criaram uma revolução no regulamento. Algo do qual Nasr conta tirar proveito, apesar de admitir que ainda tem muitas negociações e corridas para se preocupar antes de começar a pensar na próxima temporada.

FN – “Todo mundo vai começar do zero. Se existe um momento ideal para estrear na categoria, este momento seria em 2014. Mas temos que chegar lá primeiro.”

O piloto sul-americano começou sua carreira na F-BMW Americas, correndo pela equipe do seu tio, a Amir Nasr Racing. Com a chegada de um campeonato de F4 ao continente, os brasileiros poderiam se beneficiar de um acesso mais simples ao mundo do monoposto?

FN – “Eu não estava sabendo desse projeto, mas é uma ótima ideia. A F4 está funcionando muito bem em outros continentes e seria fantástico se este conceito chegasse ao Brasil. Eu espero que se concretize.”

Em 2013, Felipe Nasr voltou a Carlin, tendo como companheiro o britânico Jolyon Palmer. Segundo o brasileiro, um dos pontos positivos da temporada é a boa relação que tem com a equipe.

FN – “Estou feliz por estar de volta a Carlin. Eu sempre gostei desta equipe. Jolyon é um cara do bem e nós aprendemos a trabalhar juntos. Todos as informações são divididas igualmente entre os dois pilotos. É sempre positivo ter um piloto rápido ao seu lado, pois isso nos pressiona e nos ajuda a encontrar os limites.”

Felipe Nasr ainda tem três rodadas duplas para tirar os cinco pontos de vantagem de Colleti no campeonato. A briga promete ser eletrizante, com apenas 24 pontos separando o primeiro do quinto colocado no Campeonato de Pilotos.

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