Motores V6 turbo terão um som “digno da Formula 1”

quinta-feira, 7 de julho de 2011 às 11:59
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Os fãs da Fórmula 1 foram assegurados de que a nova geração de motores V6 turbo que será usada a partir de 2014 produzirá um som “digno da Fórmula 1”, com personagens importantes minimizando os temores de que eles irão tirar parte da atração da categoria.

O diretor técnico do motor da Renault, Rob White, declarou ao site Autosport: “A primeira coisa a dizer é que, independente dos motores que tivermos, a Fórmula 1 continuará sendo o topo do automobilismo”.

“Os carros serão os mais velozes em um circuito fechado, e não é porque vamos economizar combustível e ter corridas onde o consumo será importante que os carros irão quebrar ou ter pane seca o tempo todo. Esses motores produzirão um som muito forte, terão um número de giros bastante alto”.
White disse que a maneira como as regras estão sendo elaboradas – principalmente com um único turbo e uma única saída do escapamento – garante que os motores tenham um som impressionante.
“Parece que as regras estão tendendo a um limite de giros de 15 mil rpm, e o limite do fluxo de combustível tem como objetivo levar a velocidade operacional desses motores para além dessa faixa, e não abaixo dela”, acrescentou ele.
“Há um detalhe nas regras que torna interessante para o pessoal dos motores forçar os giros acima de 10 ou 11 mil rpm, onde os motores talvez teriam chegado naturalmente na versão anterior das regras”.
“Um turbo único tem várias vantagens importantes – a primeira é que permite que parte do trabalho de desenvolvimento no conceito de recuperação de energia que estava em andamento para o quatro cilindros possa ser transferida, porque um turbo único também teria uma única máquina elétrica para a recuperação do calor no lado do escapamento”.
“Além disso, um turbo único vai juntar as seis saídas de escapamento em um único cano da traseira, portanto isso tenderá a tornar a frequência do som do motor bem mais alta do que a frequência do quatro cilindros ou de um V6 com escapamentos separados”.
“Todos nós ouvimos motores da Fórmula 1 de eras diferentes produzindo sons diferentes, e creio que nunca ficamos desapontados com o som. Esses motores ainda irão girar muito – a velocidade do virabrequim tem um limite máximo de 15 mil rpm – mas há outros eixos desse motor que terão uma velocidade bem maior”.
“Estou absolutamente convencido de que os motores produzirão um som digno da Fórmula 1 e serão melhores do que algumas das gerações anteriores. A única maneira de ter um som idêntico ao do motor atual seria manter os motores atuais”.
O diretor de gerenciamento da Renault Sport, Jean-François Caubet, declarou ao Autosport: “Colocamos um quatro cilindros no dinamômetro e o som é quase igual ao do V8 girando entre 12 e 14 mil rpm. O V6, com um escapamento, terá um som muito bom”.
O presidente da Williams, Adam Parr, acredita que aqueles que estão criticando os novos motores deveriam ficar quietos – pois ele acha que a insatisfação com o som não é justificada.
“Creio que não é correto que exista uma preocupação com isso”, disse ele. “Acho que uma coisa com a qual precisamos ter cuidado é que, se falarmos mal do que estamos fazendo e das razões pelas quais estamos fazendo, estamos tornando as coisas desnecessariamente difíceis”.
“O que todos nós deveríamos fazer é explicar porque este é um passo à frente tão positivo para a categoria. É ótimo para os promotores das corridas, para atrair uma nova audiência. Na televisão, será tão fantástico como agora, e haverá toda uma nova dimensão para o esporte”.
Parr acha que o único problema com o V6 é que os planos não foram concordados há muito tempo atrás.
“Estou feliz com o V6. Queria que tivéssemos feito isso há 12 meses. Torço muito por uma tecnologia futurista mais ecologicamente consciente e relevante para os carros de rua. Respeito o fato de que precisa ter um ótimo som e ser um ótimo motor de corrida, e suspeito que o V6 vai satisfazer alguns críticos nesse aspecto”.
“Mas o importante é que utilizaremos toda a eletricidade no pitlane, teremos a unidade mais eficiente em termos de energia já criada – isso é o que realmente importa. Estou entusiasmado com o fato de todas as montadoras terem chegado a um acordo”.

LS – www.autoracing.com.br

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