Moto GP – Ezpeleta: Rossi é um exemplo para todos os pilotos

domingo, 28 de setembro de 2014 às 8:01
Carmelo Ezpeleta

Carmelo Ezpeleta

Em entrevista com ao canal espanhol de TV Movistar, o CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta, falou de vários assuntos atuais da Moto GP, como o calendário provisório do próximo ano, a chegada de novos construtores ao campeonato, do papel de Valentino Rossi no esporte e da passagem de Jack Miller da Moto 3 para a categoria máxima.

O primeiro ponto a ser abordado por Ezpeleta foi o início do campeonato de 2015, que foi provisoriamente atrasado uma semana em comparação com 2014. “A coincidência de datas com outros eventos esportivos, como um grande jogo de futebol da liga espanhola, é uma razão, isto porque não afeta apenas um mercado importante como o espanhol, mas o jogo também atrai interesse a nível mundial. Contudo, há outros aspectos igualmente importantes a considerar, como o fato de agora não termos tantas semanas entre o Catar e Austin, que este ano resultou em algumas queixas. Também é melhor começar mais tarde porque deverá haver menos umidade no Catar, o que ajuda sempre com uma corrida noturna”, afirmou.

O calendário provisório anunciado na sexta-feira inclui 18 GPs, assim como este ano, com o Brasil mais uma vez ficando de fora. Ezpeleta explicou: “O circuito (de Brasília) não está completo. Preferimos esperar e acreditamos plenamente que estará pronto para 2016. Tivemos muita procura de circuitos que querem entrar e é demasiado cedo para mais desenvolvimentos. O que é certo é que continuaremos com quatro corridas na Espanha porque há contratos em vigor. A partir de 2016 veremos”.

Enquanto isso, em termos de construtores, as alterações de regulamentos que vão entrar em vigor em 2016 estão encorajando marcas como a Suzuki e a Aprilia a regressarem, com a KTM também de olho na entrada na Moto GP em 2017. “Não estamos falando com construtores, são as marcas que, de acordo com os regulamentos, decidem que estão interessadas em vir. É o que esperávamos. Não fomos falar com ninguém para vir para a Moto GP. Antes do anúncio da centralina padrão, a Suzuki já tinha mostrado interesse em voltar. A Aprilia começou dizendo que voltaria em 2016 e vão voltar um ano mais cedo”, disse Ezpeleta.

Sobre os benefícios das regras Open para construtores como a Ducati, Ezpeleta notou: “Há consenso entre os três construtores. É uma política que favorece as motos Open e construtores que não ganharam nada nos últimos anos, ou que estejam regressando às corridas. Tendo por base os resultados acabam perdendo o pneu macio. Penso que ninguém ficará mais contente com a Ducati perdendo esses benefícios o mais depressa possível. O mesmo se aplica à Suzuki no próximo ano”.

No que toca à chegada de Miller à Moto GP no próximo ano, Ezpeleta disse: “É uma escolha individual. Pensamos que é normal passar pela Moto 2. A ideia que temos, e a impressão que nos é dada pelos que passaram pela Moto 2 rumo à Moto GP, é que se trata de um grande treino. Mas pular uma categoria é uma decisão do piloto e da equipe”.

Enquanto isso, sobre papel do muito popular e bem sucedido italiano Rossi no campeonato, Ezpeleta referiu: “Ele é um pilar do campeonato, mas não é o único pilar importante. Nunca escondi que para nós o Valentino é alguém especial. Ele tem 35 anos, mas penso que a idade não é o que nos define, é o desejo que se tem. Creio que fisicamente ele está muito similar a quando tinha 25. Julgo mesmo que está mais preparado agora do que antes. No que toca a quão irônico ele é, acima de tudo é um grande piloto, adora o trabalho. Com as qualidades que tem, é alguém que pode se reinventar. É um exemplo do que pensamos que deve ser um piloto”.

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