Moto GP – Dani Pedrosa: Sempre é possível melhorar

sábado, 16 de fevereiro de 2013 às 9:45
Dani Pedrosa em 2012

Dani Pedrosa foi vice-campeão em 2012

Confira uma entrevista com o espanhol Dani Pedrosa, que foi o mais rápido nos três dias de testes coletivos da Moto GP em Sepang, com sua Honda RC213v.

Três dias de testes e foi o mais rápido em todos eles. Está contente com a forma como as coisas correram em Sepang?
“Sim, estou. Conseguimos testar de novo a moto e fizemos boas análises, em particular de aspectos gerais. Estes testes são importantes para o resto da temporada. Tivemos tempo para avaliar o que queríamos porque o tempo esteve bom e conseguimos efetuar muitas voltas. De forma geral foi um teste positivo.”

Como se sente fisicamente? Sentiu alguma dor depois de voltar ao trabalho?
“É normal sentir algumas dores porque após um longo período fora da moto isso vai sempre acontecer. Com a natureza específica do tipo de moto que pilotamos é inevitável ficar dolorido após a parada de inverno – mesmo tendo a possibilidade de andar com outros tipos de máquinas durante esse período. Não tem nada a ver com ter mais, ou menos resistência.”

Ao contrário do ano passado, nesta temporada a capacidade dos motores manteve-se a mesma e está de volta aos comandos da RC213V. Que alterações foram feitas na moto desde Valencia?
“A verdade é que não houve grandes alterações porque tivemos muito boas sensações em Valencia. Tentamos alterar algumas coisas que não estavam muito bem para nós, mas de forma geral tentamos continuar dando passos pequenos na direção certa.”

A sua principal queixa no ano passado foi a vibração, que eram muitas. O problema foi resolvido?
“Nestes primeiros testes não nos concentramos muito em coisas como a vibração. Tentamos melhorar a frenagem e entradas de curva e os pesos extras que foram adicionados à moto. As regras mudaram e temos um motor a menos para trabalhar este ano, então é importante confirmar que temos boa durabilidade de motor. Basicamente foi nisso que trabalhamos nesses três dias.”

Pelo segundo ano consecutivo verificou-se o aumento do peso das máquinas de Moto GP. Notou esses três quilos a mais na moto quando andou com ela?
“Sim, parece bem, em particular em frenagem, porque é preciso mais para suportar a moto. Tentamos modificar a posição desses três quilos para encontrar o equilíbrio perfeito. É claro que temos que trabalhar ainda mais nisso. Não vou dizer como distribuímos o peso porque é segredo.”

Alguns dos seus rivais decidiram efetuar uma simulação de corrida em Sepang. Era muito cedo para fazer uma?
“Bem, não tínhamos planejado uma tirada mais longa no testes. Foi o primeiro ensaio do ano e ainda não temos bem a certeza de que componentes vamos usar. Com a experiência que tenho não creio que necessitamos focar numa simulação de corrida nos três primeiros dias de testes.”

Há quase dois meses pela frente até ao início da temporada. O que pode ser melhorado na moto?
“Há sempre coisas que podem ser melhoradas. Coisas que hoje pensamos que é impossível alterar são uma realidade ao fim de poucos anos. Enquanto houver vontade de seguir em frente e desenvolver a moto, as ideias não vão parar. Podemos sempre melhorar.”

No final deste mês voltará a Sepang para mais três dias. Qual é o programa de trabalho?
“Temos que melhorar algumas coisas no motor; basicamente aspectos de eletrônica, que são importantes. Também temos que continuar a trabalhar na avaliação da durabilidade para vermos se está tudo no lugar e se é confiável.”

Dividiu a garagem com um novo companheiro de equipe, o Marc Márquez, em Sepang. Como é que ele olhou para ti e para a máquina de Moto GP?
“Não estive muito tempo na pista com ele – apenas duas ou três curvas – mas o estilo dele impressiona mesmo. Ele sai muito da moto e até agora conseguiu grandes tempos. Quando ele esteve aqui em novembro também já foi muito rápido.”

EB - www.autoracing.com.br

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