Moto GP – Comentários pós corrida – GP de Misano 2012

Jorge Lorenzo (Yamaha), vencedor: Foi um fim de semana muito duro porque eu e o Dani estivemos muito próximos durante a classificação e no warm up. Infelizmente hoje tivemos azar, primeiro com as luzes no início da corrida e depois com o Héctor (Barberá) o colocando para fora da corrida. Foi mesmo ruim para ele. Na Holanda tivemos azar e hoje foi ele, tudo pode acontecer nestas corridas. Temos que estar contentes com o nosso resultado e com a vantagem que temos, agora estamos muito mais tranquilos do que antes da corrida! A prova foi dura para todos, ter apenas a classificação não é suficiente quando se tem de acertar o chassis, a eletrônica, tudo para a corrida. Esteve mais calor durante a corrida, então também havia menos aderência. Quase caí na Curva 1, mas consegui evitar isso!

Valentino Rossi (Ducati), 2º colocado: Foi realmente uma boa corrida e estou muito contente. É um grande resultado que eu gostaria de dedicar ao Sic e à sua família, Paolo, Rossella e Martina. Também gostaria de agradecer a todos os que trabalham comigo e a todos na Ducati Corsi que estão dando o seu melhor, como eu: após dois anos difíceis, precisávamos mesmo disto. Estou muito contente porque fizemos uma corrida no seco em alto nível, sempre com ritmo rápido e com curta diferença para o Lorenzo. Trabalhamos bem. Os novos quadro e braço oscilante nos permitiram fazer mais alterações na geometria e, na verdade, a sensação com a frente aqui melhorou e a moto também pareceu estar melhor equilibrada em aceleração. O acerto que encontramos também era bom; conseguimos ser rápidos e consistentes durante toda a corrida. Vai ser importante continuar trabalhando bem e a dar o nosso melhor para levarmos a Ducati o mais longe possível nas próximas corridas.

Álvaro Bautista (Honda Gresini), 3º colocado: É sempre bom terminar no pódio, mas para mim hoje é especial porque foi o meu primeiro na Moto GP. Acima de tudo, este é um fim de-semana muito especial para mim e para a equipe pelas nossas memórias de Marco (Simoncelli) serem tão fortes, ainda mais neste circuito com o seu nome. Depois de algumas corridas duras, trabalhamos bem aqui e conseguimos, finalmente, lutar pelo pódio. Estou muito contente pela equipe e pelo Marco, porque estou certo de que, esteja ele onde estiver, esteve torcendo por nós. Senti a mão dele no meu ombro hoje e no final vi que o meu nome se soltou do macacão, então se pode dizer que o Marco esteve conosco hoje. Foi um dia extraordinário e quase caí no início – recuperei com o cotovelo direito. Estou contente por todos os que acreditaram em mim e quero dedicar-lhes também este pódio tão especial.

Dani Pedrosa (Honda), não terminou: Foi o caos completo e aconteceram muitas coisas ao mesmo tempo. Tudo começou com o segundo procedimento de largada, que não foi de todo claro. Ninguém sabia se era um minuto, três minutos, cobertores postos ou não. Também estávamos recebendo informações diferentes quanto ao número de voltas, 26, 27. Depois, de repente, disseram-nos que faltava um minuto para começar a corrida, sem nenhuma placa a indicar isso, nada. Os mecânicos estavam correndo para se preparar e, quando tentaram tirar o cobertor da roda frontal, ele se prendeu de alguma forma; tentaram desprendê-lo, mas não conseguiram e devido ao aviso de um minuto – a partir do qual não se pode mais tocar na moto – colocaram-me no final do grid. Tentei manter a concentração, não cometer erros na primeira volta, fazer manobras claras para ultrapassar pilotos e estava em 8º ou 9º quando o Barberá me bateu por trás, e foi isso. Estou muito aborrecido porque, apesar de agora ser fácil dizer, penso que tinha a possibilidade de vencer esta corrida, mesmo vindo de último do grid. Agora é claro que o campeonato está mais complicado para mim, mas vou continuar da mesma forma. Temos feito tudo o que é possível até o momento, a moto está funcionando bem e eu também estou andando bem. Por isso ainda não está acabado para mim; ainda temos cinco corridas pela frente e vamos dar o máximo.