Moto 1000 GP – Alan Douglas leva a melhor na categoria GP1000

sexta-feira, 8 de julho de 2011 às 21:57

O piloto Alan Douglas Santos, da Pitico Race, venceu nesta sexta-feira (8) a primeira etapa da GP1000 na etapa de abertura do Moto 1000 GP, no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos. A prova foi movimentada, com várias trocas de posição entre os líderes e uma queda que acabou sendo decisiva para o resultado final. A segunda etapa, complementando a rodada dupla em São Paulo, será disputada na tarde de domingo (10), a partir das 13h50.

Luis Carlos Cerciari, da Cerciari Race, largou da pole-position seguido por Juãozinho Simon, da Pitico Racing, e por Alan Douglas. Simon, depois de fazer bastante pressão, conseguiu ultrapassar Cerciari na segunda volta e começou a abrir, enquanto Alan Douglas começava a disputar o segundo lugar com Cerciari. Simon cravou a então melhor volta da prova, 1min43s’400, na quinta passagem, mas não se sustentou na frente. Ele sofreu uma queda na sétima volta e teve de abandonar. Na mesma volta, Douglas superou Cerciari e assumiu a liderança, que conseguiu manter até o final, recebendo a bandeira quadriculada pouco mais de seis segundos à frente de Cerciari, ao final das 16 voltas.

Alan Douglas melhorou o desempenho no terço final da prova, chegando inclusive a cravar a melhor volta na 15ª passagem, com 1min43s387. Os dois primeiros colocados utilizam motos BMW. O terceiro colocado da prova foi Diego Faustino, da Mobil Rush Racing Team, que pilota uma Kawasaki de 600cc.

Os pilotos elogiaram o desempenho dos pneus Michelin, que melhoraram a aderência após as primeiras voltas. “A corrida foi maravilhosa para mim. Eu treinei pouco porque tive uma queda, mas a equipe foi muito rápida. Quando os pneus aqueceram minha confiança cresceu. A prova foi muito boa e esse campeonato vai ser o melhor do país”, comemorou o vencedor Alan Douglas.

Cerciari, que fez a pole e foi protagonista dos melhores duelos da prova, explicou que desde os treinos vinha se preocupando muito com o aquecimento adequado dos pneus, por conta da pista com temperatura muito baixa. “Quando eu larguei, percebi logo que tinha muita gente andando forte, mas mesmo assim procurei manter um ritmo um pouco mais baixo para evitar uma queda. Quando a aderência dos pneus veio, a briga apertou mais ainda”, disse. “Foi um show”, resumiu, satisfeito.

Diego Faustino, na entrevista coletiva, era não só o mais jovem, mas o mais emocionado. “Quero crescer no esporte, chegar ao nível profissional. Esse campeonato nos permite o aprendizado, o aperfeiçoamento e a exposição de nossos parceiros”, disse. O piloto só conseguiu uma moto para correr no início dessa semana. “Consegui trabalhar e desenvolver o equipamento o suficiente para essa prova. Mas no final tive muitos problemas com os freios e no terço final decidi apenas me manter na pista para tentar me segurar em terceiro lugar. Deu certo”, contou o piloto.

Os três melhores da primeira etapa apostam que para domingo todos vão conseguir baixar ainda mais os tempos a partir dos acertos que serão providenciados. O Moto 1000 GP tem patrocínio oficial de Petrobras, Lubrax e BMW Motorrad, apoio de Michelin e Beta Ferramentas e parceria técnica de Servitec Dinamômetros, W2 Boots, Vaz, Akrapovic, K&N e MRA. Após 16 voltas, o resultado final da primeira etapa da categoria GP1000 no Moto 1000 GP foi o seguinte:

1º) Alan Douglas dos Santos (SP/BMW), 28min08s473
2º) Luiz Carlos Cerciari (SP/BMW), a 6s666
3º) Diego Faustino (PR/Kawasaki), a 21s734
4º) Renan Ricardo Valério Alves (SP/Suzuki), a 29s070
5º) João Felipe Soares Júnior (SP/Honda), a 29s160
6º) Sarin Carlesso (SC/Suzuki), a 34s455
7º) Osmar Gonçalves (SP/Honda), a 1min20s997
NÃO COMPLETARAM
Jaime Pereira Cristobal (SP/Honda), a 9 voltas
Juãozinho Simon (SP/Honda), a 10 voltas
Melhor volta: Douglas, na 15ª, 1min43s387, média de 150,042 km/h

Em duelo acirrado com João Victor Batista, Dudu Costa Neto vence GP Light

O duelo acirrado entre os dois primeiros colocados marcou na tarde desta sexta-feira (8) a primeira etapa da categoria GP Light no Moto 1000 GP. Eduardo Costa Neto conduziu a Kawasaki número 117 da Mobil Rush Racing à vitória no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, São Paulo. À linha de chegada após as 13 voltas da corrida, sua vantagem sobre a Honda de João Victor Rodrigues Batista, segundo, era de apenas seis décimos de segundo.

Largando da pole-position, Costa Neto manteve relativa vantagem sobre os concorrentes nas quatro primeiras voltas da corrida, instante em que Batista – conhecido pelo apelido “Tripinha” – deu início à aproximação. Batista apareceu na liderança pela primeira vez na sexta volta de corrida, dando início ao revezamento na primeira posição. A essa altura, os dois estavam cerca de 20 segundos à frente do segundo pelotão, liderado por Eduardo “Minhoca” Zampieri.

Uma das manobras que ganharam destaque na corria foi a ultrapassagem de Costa Neto sobre Batista na sétima volta, pela linha externa da pista no Bico de Pato, curva de menor velocidade do circuito paulistano. Na abertura da volta oito, “Tripinha” retardou a frenagem ao final da reta dos boxes e voltou à liderança, que manteve por cinco curvas – Costa Neto superou-o logo depois do “Laranjinha” e se manteve na liderança até a bandeirada final.

A partir do momento em que reassumiu a liderança em definitivo, Eduardo Costa Neto tratou de abrir vantagem. Estabeleceu a até então volta mais rápida na nona volta, o que evidenciou a durável competitividade dos pneus Michelin, e a duas voltas do fim tinha 3s4 de vantagem sobre o adversário. O esboço de reação de João Victor Batista veio na penúltima volta, quando cravou de vez a volta mais rápida da corrida, reduzindo sua desvantagem a 1s2.

A aproximação que poderia render uma definição do resultado na linha de chegada esbarrou em um erro cometido por Batista na curva da Junção na volta decisiva. “Errei, perdi a traseira de moto e perdi tempo”, admitiu o piloto da Fura 300 Racing. “Não era para ele ter vencido”, acrescentou, em alusão ao vencedor Costa Neto. O vencedor admitiu a suposição do adversário. “Eu sabia que poderia perder a posição na reta final, mas deu tudo certo”, aliviou-se.

Costa Neto chamou atenção para o fato de estar na pista com uma moto com motor de 600cc – a Honda de “Tripinha” tem 1.000cc. “Eu sabia que tinha um rendimento melhor no miolo e que ele se dava melhor na reta. Tive sorte no final, aproveitei as ultrapassagens sobre retardatários para abrir um pouco. Nas quatro últimas voltas eu imprimi um ritmo mais forte de corrida, justamente na tentativa de conter os avanços do João Batista na reta”, narrou.

João Victor Rodrigues Batista teve nos treinos para a primeira etapa seu primeiro contato com a moto de 1.000cc. “Ainda estou me adaptando, no domingo vai ter mais”, disse. Ele falou sobre a diferença de equipamentos. “A moto de 600cc é mais leve, isso dá vantagem na parte lenta da pista. Não adiantaria eu me afobar no miolo e arriscar muito para me manter à frente. Ultrapassar e ser ultrapassado faz parte da corrida”, ponderou.

Sérgio Laurentys, terceiro colocado na corrida, diz ter vivido uma corrida “divertida”. “Foi uma corrida muito legal, com motos de várias marcas e diferentes potências, e as disputas aconteceram o tempo todo. A toda hora alguém chegava em alguém e abria uma disputa”, observou o piloto, inscrito com a Triumpf 675cc número 72 da Mobil Rush Racing Team. “Isso é ótimo, porque aumenta bastante a expectativa para a corrida de domingo”, acrescentou.

A segunda prova da categoria GP Light, no domingo, terá largada às 12h. Depois de 13 voltas, a classificação final da primeira etapa das categorias GP Light e BMW S1000RR Cup no Moto 1000 GP foi a seguinte:

1º) Eduardo Costa Neto (SP/Kawasaki), GP Light, 23min30s511
2º) João Victor Rodrigues Batista (MS/Honda), GP Light, a 0s675
3º) Eduardo Zampieri (SP/BMW), BMW S1000RR Cup, a 40s893
4º) Sérgio Laurentys (SP/Triumph), GP Light, a 41s225
5º) Ricardo Kastropil (SP/BMW), BMW S1000RR Cup, a 41s287
6º) Leymar Sanches (SP/BMW), GP Light, a 58s685
7º) Nick Iatauro (SSP/BMW), GP Light, GP Light, a 1min33s394
8º) Reynaldo Mendes (SP/BMW), GP Light, a 1min47s891
9º) Samuel Andreghetto Júnior (SP/BMW), GP Light, a 1 volta
10º) Brecht Mondragon (SP/Yamaha), GP Light, a 1 volta
11º) Sérgio Prates Pereira (SP/Suzuki), GP Light, a 1 volta
12º) Rodrigo Faria (SP/Yamaha), GP Light, a 1 volta
13º) Glaucus Vinicius (SP/Kawasaki), GP Light, a 2 voltas
14º) Denílson de Oliveira (SP/BMW), BMW S1000RR Cup, a 2 voltas
15º) Fábio Teixeira Neto (MG/Yamaha), GP Light, a 6 voltas
Melhor volta: Batista, na 12ª, 1min45s691, média de 146,771 km/h

EB – www.autoracing.com.br

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