Morte de Wheldon causa impacto no mundo da Formula 1

terça-feira, 18 de outubro de 2011 às 11:24

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A morte de Dan Wheldon está causando impacto inclusive no mundo da Fórmula 1. Sendo britânico e um ex-rival de contemporâneos incluindo Jenson Button, ele era bem conhecido no paddock da categoria e seu falecimento foi bastante sentido.

Personagens da Fórmula 1 sugerem que a Indy tem muito a aprender com a categoria. “É a forma mais perigosa de automobilismo no momento”, declarou Jody Scheckter, campeão mundial em 1979 que quer que seu filho Tomas abandone a Indy, à BBC.

Também vêm sendo criticados desde o acidente o tamanho pequeno do oval de Las Vegas, o grande número de carros competindo, a capacidade de alguns dos pilotos e a natureza das corridas de alta velocidade em ovais.

Anthony Davidson, ex-piloto da Super Aguri e antigo rival de Wheldon, afirmou: “As estatísticas de segurança da Indy não são boas, eu nunca correria lá. Simplesmente não vale a pena. Os carros são tratores”.

David Coulthard – que foi para a DTM após deixar a Fórmula 1 em 2008 – concordou em sua coluna no Telegraph: “Eu poderia ter ido para os Estados Unidos com minha família e feito minha vida lá. Mas a razão risco-recompensa era simplesmente alta demais para mim. A Fórmula 1, eu sentia, tinha um nível aceitável, mas a Indy estava e está provavelmente 20 anos atrás da F1 em termos de segurança”.

Nigel Mansell, campeão mundial em 1992, acrescentou: “A Fórmula 1 faz um trabalho exemplar”.

Coulthard acrescentou: “Com alguma sorte, a morte de Wheldon motivará a IRL a melhorar sua segurança. Diga o que quiser sobre Max Mosley, mas todos nós na Fórmula 1 devemos agradecê-lo por sua resposta diante das mortes em Imola em 1994”.

Jackie Stewart concordou: “Creio que precisa haver um pouco mais de disciplina da entidade que governa a categoria. Se os pilotos batem constantemente uns com os outros, deveria haver punições mais rigorosas”.

Derek Warwick, presidente do British Racing Drivers’ Club, disse: “Eles também precisam entender a qualidade dos pilotos que estão no pelotão. Na Fórmula 1, todos são ótimos pilotos que venceram campeonatos na Fórmula 3 e GP2 antes de receberem uma super licença para poderem correr”.

“Algumas vezes, eu questiono a profundidade do talento nas corridas da Indy, o que leva à inexperiência, e isso geralmente acaba em acidentes. Eles precisam ajustar um pouco o que estão fazendo”, afirmou o veterano de 162 GPs.

Mark Blundell, ex-piloto da McLaren que também correu nos Estados Unidos, acrescentou: “Esses carros não deveriam estar correndo em circuitos desse tipo”.

Stewart declarou à Sky Sports: “Era uma velocidade bastante alta em uma pista pequena com muitos carros juntos e poucos pilotos de ponta lá. Pode ser que seja necessário termos motores menores, com menos potência e menos velocidade, na Indy”.

Mas Johnny Herbert, que considerou uma ida para os Estados Unidos depois de deixar a Fórmula 1 em 2000, acredita que as fatalidades são inevitáveis.

“Eles vão continuar enquanto essa forma extrema de automobilismo existir”, escreveu o britânico em sua coluna para o The National. “A tremenda velocidade dos carros, que andam separados por centímetros naqueles ovais inclinados, significam que provavelmente veremos mais mortes, independente das medidas de segurança implementadas”.

LS – www.autoracing.com.br 

 

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