Lauda responde aos críticos da nova era da Formula 1

Niki Lauda

Niki Lauda respondeu aos críticos que estão atacando a revolucionária nova era da Fórmula 1. E ele insiste que sua aprovação “não tem nada a ver” com o domínio da Mercedes no GP da Austrália.

“Foi uma demonstração de uma Fórmula 1 moderna, contemporânea”, disse ele ao jornal alemão Welt, referindo-se à prova de Melbourne. “Eu não consigo entender e acho absurdo que algumas pessoas estejam chateadas com esta nova Fórmula 1 depois dessa corrida muito boa”.

“Agora, esta é uma categoria que está totalmente sintonizada com as tendências tecnológicas. Temos uma nova era; novas necessidades de transporte, iniciativas ambientais, o desenvolvimento de carros híbridos e pensar na qualidade de vida das pessoas em um mundo altamente tecnológico com todos os seus desafios. Os antigos motores de oito cilindros não eram mais adequados”.

“A tecnologia turbo nos dá mais potência com menos combustível, menos barulho e impacto ambiental, com emissões de carbono reduzidas. Por essa razão, a Honda está retornando à Fórmula 1 no próximo ano, se juntando a Renault, Ferrari e Mercedes, e talvez outras montadoras venham em seguida. Portanto, só vejo vantagens”.

Quanto aos oponentes como Bernie Ecclestone, Lauda comentou: “Eu tenho de contradizer claramente Bernie. A atração da Fórmula 1 não é definida pelo barulho. É definida pela ação esportiva e como uma competição empolgante com tecnologias altamente exigentes e contemporâneas, e pilotos que sabem como lidar com esses carros no nível mais alto”.

“Falar apenas sobre o som é absurdo e incompreensível para mim. Nós esquecemos que esses carros – por causa de sua tecnologia – são mais rápidos nas retas do que os ultrapassados oito cilindros. O barulho que o escapamento faz não tem nada a ver com isso, e não consigo enxergar esse aspecto emocional supostamente importante”.

“A idéia de aumentar o volume dos carros artificialmente é errada e bizarra. A Fórmula 1 está no caminho completamente certo, e a lei da categoria é que nós devemos progredir o mais rápido possível, e não regredir. Todo o restante não faz sentido para mim”.