Jornalista lança livro de bastidores do Rally Paris-Dakar

domingo, 4 de janeiro de 2015 às 15:00

Rally Dakar

Enquanto os pilotos partem para a edição 2015 do rali, chega às livrarias “O caranguejo do Saara”, um relato de viagem baseado em coberturas da prova quando era disputada na África, com histórias inusitadas focadas na reação dos nativos à passagem da caravana e no choque cultural.

Há 35 anos, começava a ser construído um dos maiores mitos mundiais do esporte radical: o Rally Paris-Dakar, disputado pela primeira vez em 1979. Hoje em dia, a prova não ocorre mais no deserto africano. Mas a aventura de desbravar as dunas do Saara está eternizada no primeiro livro do jornalista brasileiro Julio Cruz Neto, O caranguejo do Saara, que acaba de ser lançado e está à venda em livrarias de várias capitais, promovendo uma conexão entre o Dakar dos velhos tempos e o atual, que parte para mais uma edição em janeiro próximo.

A obra é baseada nas coberturas do Paris-Dakar feitas por Julio nos anos 1999 e 2000. Não fala tanto da competição em si, mas principalmente do que a cerca, como as pessoas que vivem nos rincões do deserto africano, a reação delas à passagem da caravana, o choque cultural, as histórias divertidas, perigosas, assaltos e ameaças terroristas. É uma espécie de crônica sobre os bastidores da competição quando era disputada na África, antes de vir para a América do Sul.

Como disse a crítica literária Ângela Faria, em resenha publicada no jornal Estado de Minas, “Julio pertence à tribo dos apanhadores de desperdícios fundada pelo saudoso poeta Manoel de Barros”.

O piloto Klever Kolberg, pioneiro entre os brasileiros no Dakar, escreve no prefácio que os jornalistas “têm mais oportunidade de fazer intercâmbio cultural e nos saciam com histórias maravilhosas, como essas que o Julio decidiu contar”.

Trata-se de uma publicação independente, ilustrada por 38 fotografias tiradas pelo autor, em negativo. Julio relata a experiência de passar por nove países africanos, usando diversos meios de transporte (avião, helicóptero e carro), num total de 40 dias acampado.

“Esse livro surgiu de uma certeza que eu tive quando voltei da segunda cobertura do Dakar. Eu tinha muito mais para contar do que cabia nas páginas do Jornal da Tarde, do Estadão e nos boletins da Rádio Eldorado”, diz o autor.

Fazendo o bem – O projeto tem um componente social. O livro será usado pelo IBS (Instituto Brasil Solidário) em ações de incentivo à leitura em comunidades carentes na Bahia, como um concurso de resenhas.

EB - www.autoracing.com.br

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