Indy – Chilton: F1 não é um esporte

domingo, 24 de dezembro de 2017 às 13:59

Max Chilton

A Fórmula 1 não é um esporte devido à enorme diferença de desempenho, de acordo com Max Chilton. O britânico, que agora corre na Fórmula Indy após dois anos na Marussia em 2013 e 2014, afirma que a diferença de desempenho entre as melhores equipes e as retardatárias significa que os pilotos não podem provar seu talento.

Com esse e outros fatores discrepantes, a F1 não pode ser chamada de um esporte propriamente dito, segundo ele. No entanto, o britânico afirma que o contrário é verdadeiro para a Indy, particularmente em 2018, quando haverá um chassi único, colocando a ênfase no piloto.

“Eu corri contra pessoas como Daniel (Ricciardo) que ganham corridas, então eu sei que não estou a um milhão de quilômetros de distância”, disse ele ao Sportsmail. “É frustrante quando o esporte é tão injusto. Quando você está pilotando e sendo passado por um carro que é 35 kph mais rápido, isso não é esporte’.

“O problema que a F1 tem no momento é que existe um intervalo de quatro segundos entre o carro principal e o carro de trás, e isso não é realmente esporte. O esporte deve ser praticamente um grid nivelado ou o mais próximo possível”, explicou Chilton.

“Por isso que eu lutei, mas não me fiz parecer estúpido. Vim aprendendo muito e adoraria voltar para a F1 um dia, mas teria que estar em uma equipe do meio para a frente”, afirmou Chilton, que admitiu que o automobilismo nunca vai ter um campo de jogo completamente nivelado, mas reconhece que a Indy está tão perto quanto conseguirá.

“O automobilismo nunca vai ser assim, é impossível, mas a Indy no próximo ano vai ser tão nivelada quanto uma categoria pode ser. Todos têm o mesmo kit aero e há muito pouca diferença entre os motores, as corridas devem ser ainda mais próximas no próximo ano”, comentou o britânico, que trocou a equipe Ganassi pela novata Carlin.

“Então, pelo menos, cada carro pode ficar dentro de um segundo, o que é ótimo para os fãs. É também uma ótima oportunidade para a Carlin. Ainda temos muito a aprender, mas espero que até o final do ano possamos produzir alguns resultados”, concluiu o ex-piloto de F1.

EB - www.autoracing.com.br

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