Indy 500 2010: Franchitti, soberano, faturou a 94ª edição

Dario Franchitti (Ganassi) comandou a 94ª edição das 500 Milhas de Indianapolis. O piloto escocês liderou com folga a maior parte da corrida e sé teve alguns sustos após seu último pit stop, quando precisou economizar combustível e ficou momentaneamente atrás de pilotos que adotaram táticas diferentes.

Foi a segunda vitória de Franchitti na Indy 500, e a terceira da equipe Chip Ganassi, que já havia triunfado em 2000 e 2008. O piloto foi o vencedor da encurtada edição de 2007, pela equipe Andretti Green.

A corrida terminou com um grave acidente envolvendo Ryan Hunter-Reay (Andretti) e Mike Conway (Dreyer & Reinbold), cujo carro levantou voo e foi jogado de encontro à grade de proteção. A cena assustou muito, mas o piloto foi levado de helicóptero para o Hospital Metodista, apenas com uma fratura em sua perna esquerda.

O inglês Dan Wheldon (Panther) repetiu o segundo lugar do ano passado, enquanto Marco Andretti (Andretti) teve confirmada a sua terceira posição mesmo tendo recebido a bandeirada em sexto. A IRL confirmou que o norte-americano foi ultrapassado de forma irregular por três carros após a bandeira amarela da última volta.

Alex Lloyd obteve um surpreendente quarto posto pela equipe Dale Coyne. Scott Dixon (Ganassi) recuperou-se da perda de um pneu nos boxes para chegar em quinto, seguido por Danica Patrick, da Andretti Autosport. Justin Wilson (Dreyer & Reinbold), que liderou até fazer um splash and go restando 12 voltas para o final, terminou em sétimo.

Will Power (Penske) foi o oitavo colocado após uma corrida de recuperação. O australiano foi a principal ameaça ao líder Franchitti no trecho inicial da corrida, tendo inclusive assumido a liderança na 32ª volta. Precisou, no entanto, cumprir uma punição por ter saido do seu primeiro pit stop com um pedaço da mangueira injetora de combustível. Ele lidera o campeonato da Indy.

Os brasileiros também foram figuras importantes no famoso evento. Helio Castroneves (Penske), que largou na pole position, perdeu a liderança ainda na primeira volta para Franchitti, mas se manteve sempre entre os primeiros colocados. Em seu quarto pit stop, no entanto, deixou o motor de seu carro morrer e caiu para o final do grid.

Helinho não desistiu. Aproveitando-se de uma bandeira amarela, foi para os boxes e adotou uma tática diferente. Após os líderes terem parado pela quinta e última vez, o brasileiro voltou para as primeiras posições, tendo inclusive liderado durante quatro voltas. Restando oito, no entanto, precisou fazer um splash and go e deixou o caminho livre para o líder. Terminou em nono.

Tony Kanaan (Andretti) foi outro nome que marcou presença nessa edição das 500 Milhas. O brasileiro, que teve muitos problemas nos treinos, largou na 33ª e última posição, mas já na primeira volta apareceu em 25º. Foi se recuperando aos poucos, até pular para segundo.

Teve um duelo acirrado com o colega Marco Andretti, e chegou até a encostar no líder nas últimas voltas. No entanto, apesar de contar com a mesma tática de Franchitti, precisou entrar nos boxes restando cinco voltas para o final. Acabou em 11º. Os estreantes Mario Romancini (Conquest) e Bia Figueiredo (Dreyer & Reinbold) terminaram respectivamente em 13º e em 21º.

Raphael Matos (de Ferran Dragon) foi outro brasileiro de destaque, chegando a ocupar a terceira posição. Caiu muito após perder uma roda em seu segundo pit stop, e na 73ª volta bateu de traseira no muro. Bruno Junqueira (Fazzt) acidentou-se na oitava volta, e Vitor Meira (Foyt) na 106ª. Mario Moraes (KV) teve problemas mecânicos.

A corrida foi bastante acidentada, com nada menos que nove bandeiras amarelas ao longo das 200 voltas. A primeira delas foi acionada logo na primeira, devido a uma batida de Davey Hamilton (de Ferran Dragon). Além dele e dos brasileiros, também foram para o muro John Andretti (Andretti), na 65ª volta, Ryan Briscoe (Penske), na 148ª, Sebastian Saavedra (Herta), na 161ª, além de Conway, na última. Também houve uma pausa para limpeza de detrito.

Classificação da prova:

1.  Dario Franchitti   –  Ganassi            200 voltas
2.  Dan Wheldon       –   Panther            , a 0.1536s
3.  Marco Andretti    –   Andretti           , a 23.5251s *
4.  Alex Lloyd        –   Dale Coyne         , a 20.9876s
5.  Scott Dixon       –   Ganassi            , a 21.4922s
6.  Danica Patrick    –   Andretti           , a 21.7560s
7.  Justin Wilson     –   Dreyer & Reinbold  , a 25.9761s
8.  Will Power        –   Penske             , a 30.2474s
9.  Helio Castroneves –   Penske             , a 33.0137s
10.  Alex Tagliani     –   Fazzt              , a 34.2482s
11.  Tony Kanaan       –   Andretti           , a 59.5957s
12.  Graham Rahal       –  Rahal Letterman    , a 59.9739s
13.  Mario Romancini     – Conquest           , a 1m05.0219s *
14.  Simona de Silvestro – HVM                , a 1m01.6745s
15.  Tomas Scheckter     – Dreyer & Reinbold  , a 1 volta
16.  Townsend Bell       – Ganassi/Schmidt    , a 1 volta
17.  Ed Carpenter        – Panther/Vision     , a 1 volta
18.  Ryan Hunter-Reay    – Andretti           , a 2 voltas
19.  Mike Conway         – Dreyer & Reinbold  , a 2 voltas
20.  Takuma Sato         – KV                 , a 2 voltas
21.  Ana Beatriz         – Dreyer & Reinbold  , a 4 voltas
22.  Bertrand Baguette   – Conquest           , a 17 voltas

Abandonos:

Sebastian Saavedra –  Herta            ,  159 voltas
Ryan Briscoe       –  Penske           ,  147 voltas
EJ Viso            –  KV               ,  139 voltas
Sarah Fisher       –  Sarah Fisher     ,  125 voltas
Vitor Meira        –  Foyt             ,  105 voltas
Hideki Mutoh       –  Newman/Haas      ,  76 voltas
Raphael Matos      –  De Ferran Dragon ,  72 voltas
John Andretti      –  Andretti         ,  62 voltas
Mario Moraes       –  KV               ,  17 voltas
Bruno Junqueira    –  Fazzt            ,  7 voltas
Davey Hamilton      – De Ferran Dragon ,  0 voltas

* Foram reclassificados pela direção de prova

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