“Guerra dos motores” divide a Formula 1

quarta-feira, 18 de novembro de 2015 às 9:43

Fórmula 1

A Fórmula 1 parece estar perto de entrar em guerra. A FIA e Bernie Ecclestone pretendem introduzir uma nova especificação de motor, que seria utilizada paralelamente às caras e controversas unidades de potência em 2017.

Os lados estão sendo escolhidos. Mercedes e Ferrari são claramente contra, enquanto a Red Bull admitiu que o novo motor independente de 2.5 litros foi “uma condição” em sua decisão de continuar na F1 após este ano.

As equipes pequenas que estão lutando para pagar suas contas de fornecimento de motor também deverão apoiar a proposta, apesar de suas parcerias atuais com as montadoras.

“A Honda queria nos cobrar mais de 30 milhões de dólares por ano por um motor, o que é completamente absurdo”, revelou Christian Horner, chefe da Red Bull.

A Honda quer que o regulamento atual dos motores seja mantido, mas a colaboração com a McLaren tem sido terrível até agora. A Mercedes sugeriu que o regulamento dos chassis de 2017 também pode estar em dúvida devido a preocupações de segurança relacionadas aos pneus, mas a McLaren-Honda discorda.

“É um argumento bastante desesperado da Mercedes”, declarou o chefe da equipe, Eric Boullier. “Creio que é o jogo de sempre – se você quer impedir uma mudança por qualquer razão, começa a falar sobre a segurança”.

Entretanto, o plano do motor paralelo sem dúvida provocou tumulto, e alguns sugerem que a intenção real é simplesmente forçar o compromisso.

“Existem questões legítimas que precisam ser respondidas”, concordou Toto Wolff, da Mercedes. “Os preços dos motores são corretos para as equipes menores? Esse conceito de motor é certo para a Fórmula 1? Nós estamos prontos para discutir tudo isso”.

“Como tudo, isso se resume a um compromisso. A dificuldade é conciliar os interesses de todos sob o mesmo teto. Também há um elemento político, pois as outras equipes podem pensar que é uma maneira de acabar com o domínio da Mercedes”.

“Temos Jean Todt, que quer reduzir os preços dos motores, e Bernie, que acredita que as montadoras têm poder demais. Mas é realmente o caso? Eu não sei. Tudo o que sei é que há muitas pessoas perseguindo suas próprias metas”, acrescentou Wolff.

 

LS - www.autoracing.com.br

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