GP2: “Pneus aqui estão muito ruins”, afirma Razia

A sessão classificatória da GP2 mostrou que não é só no desenho dos carros que ela é parecida com a Fórmula 1: assim como na divisão principal, os pneus foram o principal centro de críticas por parte dos pilotos nesta sexta-feira em Barcelona, na Espanha, palco da segunda rodada dupla da temporada 2011.

A Pirelli, fabricante que também abastece o campeonato de acesso, levou para Barcelona pneus mais duros e diferente dos usados na pré-temporada. O resultado foi um composto instável, de pouca durabilidade e estabilidade. Para Luiz Razia, único brasileiro do grid, os pilotos deverão fazer na corrida deste sábado algo que quase nunca é visto na GP2: trocar os quatro pneus no pit stop obrigatório.

“Os pneus aqui estão bastante ruins, artificiais. Duram apenas uma volta. Na classificação, eles trepidavam e acredito que vão se destruir na corrida. Para se ter uma ideia, um piloto fez uma simulação de 14 voltas e perdeu três segundos em tempo de volta. Serão 37 voltas e teremos de fazer metade delas com cada jogo de pneus. Acredito que teremos de trocar os quatro no pit obrigatório”, analisa.

O baiano de 22 anos, que compete pelo Team AirAsia, também não teve muito o que comemorar após a tomada de tempos: foi atrapalhado em sua principal volta lançada por um concorrente que ficou parado na pista e teve de se conformar com a 13ª colocação no grid, abrindo a sétima fila. .

“Não gostei muito da classificação. De manhã estava legal, fui o décimo e tinha mais para vir. Melhoramos o carro e sabíamos que teríamos uma volta só para fazer o tempo. É que, quando a Fórmula 1 termina seu treino, a pista fica bem emborrachada para nós apenas nos cinco primeiros minutos. Tanto que 95% dos pilotos fizeram seus tempos na primeira tentativa”, explica o terceiro piloto do Team Lotus.

“Adotei a mesma estratégia e vinha bem, mas me deparei com um carro parado em plena pista no terceiro setor. Isso me fez perder a volta. Falta muito profissionalismo na GP2 por parte de alguns pilotos. Por conta disso, minha volta que valeu foi a da segunda tentativa, onde ninguém conseguiu melhorar. Se juntasse meus três melhores setores do treino, seria o oitavo no grid. Não considero isso como má sorte. É que tem piloto que não é profissional”, completa.

A primeira corrida do fim de semana está marcada para as 10h40 (de Brasília), terá 37 voltas (cerca de 170 km) ou 60 minutos de duração, com um pit stop obrigatório para a troca de, no mínimo, dois pneus, e pontuação para os oito primeiros (10, 8, 6, 5, 4, 3, 2, 1), com dois pontos extras para o pole e um para o autor da melhor volta.

EB – www.autoracing.com.br