Fernando Alonso – GP da Inglaterra – 12/07/2011

terça-feira, 12 de julho de 2011 às 22:46

f_alonso-2Nome: Fernando Alonso Díaz. Nascimento: 29 de julho de 1981, em Oviedo (ESP). Equipe: Ferrari (F-1). Títulos: Campeão espanhol de kart (1994); campeão mundial de kart (1996); campeão de Formula Nissan (1999), bicampeão mundial de Formula 1 (2005 e 2006).

A Ferrari finalmente conquistou sua primeira vitória na temporada 2011 da Fórmula 1, com Fernando Alonso tendo uma atuação impecável no GP da Inglaterra deste domingo em Silverstone e também sendo ajudado pela sorte.

Sebastian Vettel, da Red Bull, mais uma vez vinha dominando o evento, mas perdeu muito tempo em sua segunda parada para troca de pneus, sendo ultrapassado por Alonso e Lewis Hamilton, da McLaren. Vettel deixou Hamilton para trás e terminou em segundo, apesar de uma perda de rendimento no final e da pressão de seu companheiro de equipe Mark Webber, terceiro colocado.

Hamilton também perdeu ritmo nas últimas voltas e teve de segurar Felipe Massa (Ferrari) como pôde. Os dois tiveram um duelo espetacular, contornando as curvas finais lado a lado com direito a toques, e o piloto da casa levou a melhor para chegar em quarto.

A corrida começou sem chuva, mas com a pista ainda bastante molhada. Webber largou mal e perdeu a liderança para Vettel, que rapidamente começou a abrir uma vantagem confortável. Alonso se manteve em terceiro, enquanto Massa chegou a ser superado por Jenson Button (McLaren), mas deu o troco após uma boa disputa com o inglês.

Hamilton fez uma primeira volta espetacular, subindo da décima colocação no grid para quinto depois de ultrapassar seu companheiro Button. O piloto da McLaren começou a pressionar Massa, mas escapou do traçado na Brooklands na quarta volta. Ele conseguiu retornar sem maiores consequências, apesar de ter perdido contato com o brasileiro.

Enquanto Vettel sumia na frente, Alonso começou a pressionar Webber na luta pelo segundo lugar e Hamilton voltou a fazer o mesmo com Massa. O britânico chegou a ultrapassar a Ferrari por fora na 12ª volta, mas retardou demais a freada e escapou no mesmo ponto onde já havia saído do circuito. Mais uma vez, ele retornou sem problemas.

As voltas posteriores à primeira rodada de pit-stops foram marcadas por disputas duplas entre Ferrari e McLaren. Button ultrapassou Massa para ganhar o quinto lugar na 14ª passagem; quase no mesmo momento, seu companheiro Hamilton superou Alonso e subiu para terceiro. No entanto, o espanhol voltou a render melhor e recuperou a posição dez voltas depois, levando Hamilton a iniciar a segunda sequência de paradas.

Surpreendentemente, a Red Bull prejudicou tanto Vettel quanto Webber em seus respectivos pit-stops. Os dois perderam muito tempo e caíram para terceiro e quarto, cedendo a liderança a Alonso e o segundo posto para Hamilton. Com um ritmo forte, Vettel colou na McLaren e começou a pressionar o rival. Ele não conseguiu ultrapassar na pista, mas fez sua terceira parada uma volta antes e ganhou a posição.

A falta de sorte de Button na sua corrida em casa continuou. Ele teve de abandonar imediatamente depois de seu terceiro pit-stop, quando percebeu que sua roda dianteira direita estava solta. Hamilton passou a ser o único piloto da McLaren na prova, e foi avisado pela equipe que precisaria economizar combustível para chegar ao final. Webber se aproximou e fez uma bela ultrapassagem por fora na Brooklands.

Na frente, Alonso abriu uma vantagem significativa e seguiu tranquilo rumo à primeira vitória da Ferrari na temporada. Vettel suportou a pressão de Webber para garantir um resultado que ampliou sua folga na pontuação, e Hamilton levou a melhor na disputa emocionante com Massa nas últimas curvas para chegar em quarto.

Alonso tornou-se em 2005 o mais jovem campeão da história da F1, feito depois superado. Aos 24 anos, 1 mês e 26 dias, superou o feito de Emerson Fittipaldi, campeão em 1972 com 25 anos, 9 meses e 26 dias. Ele é também o primeiro espanhol a conquistar a mais importante categoria do automobilismo. E os feitos não param por aí: foi também a primeira conquista da tradicional equipe francesa Renault, que fez sua estreia na F1 em 1977. O que dizer de alguém que, já aos três anos de idade, disputou sua primeira corrida de kart? Precoce parece ser a palavra que melhor define Fernando Alonso. Afinal, em todas as categorias que competiu em mais de 15 anos de carreira, este piloto de 24 anos sempre foi o mais jovem. Mas não é só isso o que caracteriza sua precocidade.

Alonso estreou na F1 no dia quatro de março de 2001, na Austrália. A temporada, no entanto, foi frustrante pelas limitações do equipamento, embora tenha sido proveitosa em termos de aprendizado – e este era o objetivo da Renault para seu pupilo. No ano seguinte, Alonso passou por outra fase de adaptação, desta vez dedicando-se inteiramente à tarefa de piloto de testes da Renault F1 Team.

A estreia pela equipe francesa finalmente aconteceu em 2003. Logo na segunda etapa, Malásia, o espanhol conquistou sua primeira pole – o mais jovem da história a fazê-lo – e terminou em terceiro lugar. Foi neste ano ainda que aconteceu a primeira vitória de Alonso na F1, que também foi a primeira da Renault após seu retorno à categoria, no GP húngaro. Tornava-se, assim, o mais jovem vencedor da F1 – com 22 anos e 16 dias de idade, superando Bruce McLaren, vencedor do GP dos Estados Unidos de 1959 com 22 anos e 104 dias. Estes episódios, tão precoces quanto o próprio autor, deram origem ao fenêmeno “Alonsomania”, verdadeira febre entre os torcedores espanhóis.

Em 2004 Alonso teve novamente Jarno Trulli como companheiro. Desta vez, com a Renault oficialmente em sua terceira temporada, a equipe francesa já se impôs entre as grandes. Fernando terminou em quarto, com Trulli em sexto. Foi uma espécie de ano de transição, no qual a Renault preparou-se para o grande salto, que ocorreu em 2005. Fernando venceu sete vezes (Malásia, Bahrain, San Marino, Europa, França, Alemanha e China) e conquistou cinco segundos lugares (Espanha, Inglaterra, Canadá, Itália e Bélgica), assumindo em definitivo a liderança do campeonato já na segunda prova.

Em 2006, mais um título pela Renault. Alonso teve sete vitórias (Bahrain, Austrália, Espanha, Mônaco, Inglaterra, Canadá e Japão) e superou nada menos do que o conjunto multicampeão Michael Schumacher/Ferrari, que vinha com grande superioridade de equipamento nas corridas finais. A disputa se decidiu apenas na última etapa, o GP Brasil.

Em 2007, um novo desafio. Guiando pela McLaren, Alonso teve novamente que encarar a Ferrari, desta vez personificada na dupla Kimi Raikkonen e Felipe Massa. Mas, mais do que eles, teve que lutar contra o menino-prodígio Lewis Hamilton, seu companheiro na McLaren. A tarefa foi desgastante, resultando em brigas e separação após uma temporada. Ao menos, o espanhol conseguiu quatro vitórias (Malásia, Mônaco, Europa e Itália) e disputar o título até a última etapa.

Após muitas especulações, Alonso acertou o seu retorno a Renault, onde passou duas temporadas. A equipe não era mais a mesma desde que perdeu os pneus Michelin, mas o espanhol conseguiu brilhar em alguns momentos, tendo conquistado uma vitória polêmica em Cingapura e outra incontestável no Japão, ambas em 2008. No ano seguinte, tudo que Alonso pode comemorar foi uma pole position na Hungria e um terceiro lugar em Cingapura.

Em 2010, Fernando Alonso voltou a uma equipe realmente de ponta, a Ferrari. O espanhol começou com tudo vencendo no Bahrain, manteve-se sempre entre os ponteiros e foi “presenteado” pelo colega Felipe Massa com mais uma vitória na Alemanha. Com mais três vitórias (Itália, Cingapura e Coréia), disputou o título até a última etapa em Abu Dhabi. Neste ano, vem sempre se mantendo entre os primeiros colocados, apesar do carro não estar a sua altura, mas mesmo assim conseguiu vencer o GP da Inglaterra, a nona etapa da temporada. Por isso, ele é o Piloto da Semana do Autoracing!

Fernando Alonso (F1) obteve a vitória entre os internautas com 63,6% dos votos. Lewis Hamilton  (F1) ficou na segunda posição com 14% dos votos.

Texto: Eduardo Behling e Leandro Schmidt – www.autoracing.com.br

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