Falta de vontade política com a F1 na França frustra Prost

terça-feira, 23 de novembro de 2010 às 11:40

Alain Prost admitiu que está frustrado com o fato das tentativas de reviver o GP da França não terem sido bem sucedidas até agora. Após a saída do evento em Magny Cours, o tetracampeão mundial apoiou ativamente os principais projetos alternativos, incluindo em Flins-Les-Mureaux e na Disneyland de Paris. Ele declarou à rádio RMC que está preocupado, pois os esforços para recolocar a França no calendário da Fórmula 1 parecem estar perdendo impulso.

“Não pode ser enterrado agora”, disse Prost. “Houve uma ótima oportunidade no ano passado na época das eleições regionais, e um primeiro rascunho para a Disney, que, em retrospecto, talvez tenha sido um pouco complicado”.

“Mas Flins era um local excepcional com um projeto real, um plano de negócios, e para acalmar os críticos, a Fórmula 1 só aconteceria oito horas por ano. Havia um programa real para a utilização do circuito, com uma vantagem econômica e social”.

“Teríamos 100 mil pessoas extras perto de Paris. Todos ficaram entusiasmados, principalmente Bernie Ecclestone. Mas o projeto foi abandonado quando tudo estava pronto e financiado por causa das eleições regionais e um problema ambiental que foi essencialmente político”, acusou Prost.

Ele confirmou que o maior problema parece ser a falta de vontade política. “Nós queremos um GP da França? Hoje, não há pilotos franceses na Fórmula 1, a Renault em breve deixará de se chamar Renault… É um pouco complicado, e um problema financeiro”.

“O preço pedido por Bernie Ecclestone é variável – cerca de 15 milhões de euros por ano na Europa. Em outros lugares, como Abu Dhabi, entre 30 e 40 milhões. É uma equação econômica: quantos espectadores você pode ter? Com 50 ou 60 mil, e o preço em 15 milhões, o prejuízo é de aproximadamente 8 milhões”.

“Quem pode investir 8 milhões? Portanto, os políticos e o governo não estão dizendo que é importante para a França ter um GP, não vale a pena falar sobre isso. É besteira quando ouço que precisamos de um promotor. Os promotores do projeto da Disney de Paris eram o grupo Lagardere e eu. Acima de tudo, o importante é que a parte econômica seja sustentável”.

LS – www.autoracing.com.br

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