Falar sobre motor alternativo para F1 é “perda de tempo”…

terça-feira, 24 de novembro de 2015 às 16:21

Monisha Kaltenborn

A chefe da equipe Sauber, Monisha Kaltenborn acredita que a proposta de motor alternativo na F1 é uma “perda de tempo”, porque é inútil ter uma discussão sobre algo que não vai acontecer.

As empresas interessadas em fornecer um motor de F1 mais barato para 2017 tinham até às 4 hs da tarde desta segunda-feira para registrar seu interesse na FIA.

A Ilmor e a Advanced Engine Research estão entre aqueles que se apresentaram.

A proposta do motor alternativo também estava sobre a mesa na reunião de hoje do Grupo de Estratégia da F1.

Mas, Kaltenborn sente que os chefes da F1 (Bernie e Todt) jogaram o conceito no ar sem pensar plenamente, e estão negligenciando a questão de como fazer a equivalência entre o motor alternativo e atuais híbridos V6 turbo dos fabricantes. Uma equivalência técnica quase impossível de ser alcançada.

“Pensando logicamente eu tenho que dizer que eu quero um motor mais barato”, disse ela à revista Autosport.

“Você tem que fazer algo que no final do dia que faça sentido.”

“Nós não devemos ter uma discussão sobre motores alternativos, já que sabemos que no final das contas isso não vai acontecer.”

“É mais sensato ter uma discussão madura sobre isso.”

“Eu não vejo como seja possível obter equivalência técnica.”

“Se há uma maneira, que atualmente eu não saiba, por favor alguém me diga.”

“Nós não devemos ter discussões prematuras. É um desperdício de tempo, porque não temos informações suficientes para avaliar a forma como eles querem implementar isso.”

“Se essa proposta for séria, gostaria de solicitar mais informações para entender melhor.”

“Se não for séria, então eu acho que é melhor sentar e conversar sobre o preço dos motores atuais.”

O custo dos atuais motores tem sido um motivo de preocupação, uma vez que estão na casa dos 20 milhões de euros e Kaltenborn disse que isso tem que ser reduzido.

Depois que a Ferrari vetou planos no mês passado para cortar o preço para 12 milhões de euros, a FIA e Bernie Ecclestone revelaram planos para oferecer uma especificação alternativa mais barata.

Toto Wolff, chefe da Mercedes, já defendeu que a proposta “não vai funcionar” e compartilha do ceticismo de Kaltenborn sobre a equivalência de desempenho.

AS - www.autoracing.com.br

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