F1 – “Você tem que atingir o fundo do poço para saber quais são seus problemas”

Williams

Enquanto a vice-diretora da equipe Williams, Claire Williams, insiste que uma temporada como 2019 nunca mais pode acontecer, ela acredita que acertar o “fundo do poço” pode ajudar a identificar os erros que você cometeu para chegar lá e onde as melhorias devem ser feitas.

Depois de um ano historicamente ruim em 2018, a Williams teve um ano ainda pior em 2019, marcando apenas um ponto em todos os 21 GPs quando Robert Kubica terminou em 10º lugar na Alemanha, após uma dupla desclassificação para a Alfa Romeo por ter um mapeamento ilegal em sua embreagem.

A equipe de Grove terá um novo piloto em 2020, já que o vice-campeão da F2, Nicholas Latifi, se juntará a George Russell para formar uma escalação muito jovem, muito parecida com a de 2018 com Lance Stroll e Sergey Sirotkin.

Claire Williams pensa que embora haja coisas a aprender com os últimos dois anos de luta, isso também não pode absolutamente acontecer novamente nos próximos anos. “Não pode voltar a acontecer”, disse ela em tom direto ao falar com o site Autosport.

“Às vezes você tem que bater no fundo do poço para saber quais são os seus problemas porque senão você simplesmente… às vezes você apenas passa por essas situações e você pode chegar onde você precisa chegar pela pele dos seus dentes”, prosseguiu.

“Mas você realmente precisa entender o que está acontecendo no seu sistema para ter certeza de que você não está apenas chegando a algum lugar pela pele dos seus dentes e você tem que ter um plano e um processo adequado”, comentou ela.

Os problemas em 2019 começaram nos testes de pré-temporada. Eles quase perderam toda a primeira semana de testes em Barcelona, o que significa que perderam a coleta de dados cruciais ao simplesmente obterem quilometragem no carro em diferentes configurações.

No entanto, Claire Williams revelou que o período após os testes de pré-temporada foi “incrivelmente útil”, já que eles descobriram o que exatamente estava dando errado e como eles poderiam corrigir seus problemas.

“Eu diria que a equipe respondeu muito bem a isso (analisando os pontos fracos), porque pode ser muito difícil para as pessoas serem muito abertas e honestas nessas situações”, afirmou a dirigente.

“Mas nossa equipe foi incrivelmente receptiva ao processo pelo qual lhes pedimos que passassem, o que nos permitiu colocar em prática uma carga de planos a fim de abordar as áreas de fraqueza que estavam causando os problemas em primeiro lugar”, concluiu Claire Williams.

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