F1 – Vettel diz que não tem um carro dominante

Sebastian Vettel

Em uma entrevista ao Motorsport.com Vettel ofereceu sua versão sobre a perda do título deste ano.

Partindo 2018 como o favorito ao título, o piloto alemão da Ferrari começou a se perder no meio da temporada com o erro desastroso durante o GP do Azerbaijão quando Vettel tentou ultrapassar Bottas na relargada, mas errou, travou os pneus, saiu da pista e voltou para terminar em quarto. Mas ele acha que não foram apenas seus erros (Azerbaijão, França, Alemanha, Itália, Japão e EUA) que jogaram fora o campeonato, mas a Mercedes teve melhor desempenho.

“Talvez nesta declaração eu tenha uma opinião diferente das outras pessoas”, disse Vettel.

“É justo dizer que tínhamos um carro muito competitivo, mas eu não concordo que nosso carro tenha sido dominante.”

“Se eu olhar para os resultados que alcançamos desde o começo do ano, não vejo uma superioridade dominante.”

“Basta lembrar de Spa: não fizemos a pole, independentemente das condições (chuva) e aproveitamos o layout do circuito usando a subida de Eau Rouge que é feita de pé embaixo e na reta longa.”

“Em 2017, não tínhamos a mesma potência e é por isso que a ultrapassagem de 12 meses atrás não foi possível, enquanto este ano não tivemos mais essa lacuna de potência, por isso conseguimos ultrapassar.”

“Sempre foi perto”

“Durante esta temporada em várias corridas estivemos muito perto, sempre dando passos competitivos, mas não há uma corrida em que tenhamos dominado, o que aconteceu com a Mercedes.”

“Se você olhar as corridas na Espanha, França e Rússia, eles (Mercedes) confirmaram uma notável superioridade, que no nosso caso nunca aconteceu.”

“Eu não quero que as pessoas entendam mal: não estou aqui para argumentar que temos um carro que não está à altura, porque eu sei que temos um carro competitivo, mas eu não concordo com aqueles que dizem que nós temos um carro superior ”.

Sobre as críticas que o piloto da Ferrari enfrentou, Vettel admite que não presta atenção à imprensa explicando que “é parte do jogo”.

Eu sempre pensei que “você nunca é bom como eles dizem, e você nunca é ruim como eles dizem”, e eu acho que é realmente assim.”

“Tendo dito isso, acho que o entusiasmo é uma coisa boa, porque é por isso que as pessoas amam o nosso esporte. Às vezes, essa dose de paixão envolve receber muitas críticas, mas também há pessoas que não fazem, ou não, mas é parte do jogo.”

“Às vezes, acho que a crítica não é motivada, mas mesmo quando você é julgado como herói, às vezes nem sempre é certo. No final, acho que é certo manter a distância, em vez de analisar tudo o que é dito e escrito palavra por palavra ”.

Quanto à perda repentina do CEO da Ferrari, Sergio Marchionne, Vettel admite que teve um impacto.

“Seria errado dizer que não foi o caso. Acho que sim, mas acho que a equipe conseguiu se manter muito compacta, e acho que não temos que usar os resultados que tivemos (depois do falecimento do presidente) para tirar conclusões ”.

“Obviamente, foi uma parte fundamental de nossa equipe, levou nossa equipe e, de repente, ficar sabendo do falecimento de uma pessoa desse porte é sempre difícil.”

“Mas somos uma ótima equipe, composta de muitos departamentos e ótimos profissionais e, de muitas maneiras, eles sabem o que precisam fazer.”

“Eu não acho que o peso de um impacto é sentido a curto prazo, o que aconteceu nesta temporada eu acho que não está ligado ao falecimento do presidente”.

Hoje em dia, não há muitas entrevistas que evitem mencionar o jovem “menino maravilha” Max Verstappen, e Vettel teve mais a revelar sobre o piloto holandês da Red Bull e seu agressivo estilo de guiar.

“Todo mundo tem seu próprio estilo de tocada e acho que é bom ser agressivo, desde que seja no momento certo. Eu acho que ele já “se acalmou” em comparação com alguns anos atrás, e que ele encontrou o seu caminho, é um caminho que todos os pilotos fazem.”

“Não creio que haja qualquer dúvida de que ele é rápido e talentoso, pois acredito que ainda há muitas coisas que ele aprenderá no futuro. Tenho certeza de que ele ficará aqui muito mais tempo que eu.”

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