F1 – Veja a descrição de uma volta em Hungaroring

sábado, 30 de julho de 2011 às 10:09

Confira a descrição de uma volta no traçado de Hungaroring, palco do GP da Hungria de Formula 1. O autor é o ex-piloto austríaco Alexander Wurz

“Não há exatamente retas ao longo da volta e muitas das curvas são interligadas. Por isso, se você fizer um erro em uma delas, continua pagando por ele três curvas depois. A aderência da pista aumenta muito à medida que mais borracha é depositada, o que faz com que na corrida você ande cerca de cinco segundos por volta mais rápido do que no treino livre da manhã de sexta-feira. Quando você combina isso com o calor, vira um trabalho sério para os pilotos! A mudança dos níveis de aderência também torna difícil avaliar mudanças no acerto do carro, mas isso é parte do desafio”.

“Você freia para a curva 1 de 290 km/h, reduzindo para segunda marcha. Daí você acelera, passa por uma reta em curva e freia novamente para a curva 2, uma curva longa para a esquerda. Ela é feita em segunda ou terceira marcha, dependendo da relação de marchas que você estiver usando, e é meio ondulada na entrada, por isso você precisa ter cuidado para não travar uma roda. Na saída você precisa manter o controle do carro, porque na curva 3, para a direita feita de pé em baixo, você precisa carregar o máximo de velocidade possível, já que ela é seguida por uma reta curta”.

“A curva 4, para a esquerda, é muito rápida, feita em quinta marcha. A entrada é cega e a saída é muito estreita, por isso é fácil cometer um erro. Se tiver um bom ritmo, você pode carregar velocidade através dela e ganhar muito tempo. Normalmente curvas rápidas não são o lugar para se ganhar tempo, mas aqui você pode, porque a curva castiga combinações de carro-piloto que não estejam afinadas entre si”.

“Eu adoro a curva 5, porque você pode atacá-la como se estivesse em um kart. Você freia, aponta o carro, escorrega nas quatro rodas e coloca potência exatamente enquanto atinge algumas ondulações bem sérias. Isso torna a curva realmente empolgante, e você continua a deslizar nas quatro rodas na saída. Então você chega nas curvas 6 e 7, uma chicane. Você passa pela zebra direita, mas é bom não tocar a da esquerda, porque isso prejudica as rodas traseiras sob aceleração”.

“Segue-se mais uma reta curta antes das curvas 8 e 9. Se o seu carro tiver uma frente boa, você pode carregar muita velocidade pela curva 8, para a esquerda feita em quarta marcha. O ideal é ficar à esquerda na saída, para garantir uma boa linha pela curva 9, feita para a direita e bastante escorregadia. Se você tirar o pé rápido demais na tomada, sairá subitamente de traseira. Se tirar com suavidade excessiva, sairá de frente. É uma curva manhosa”.

“A suave curva 10, para a esquerda, é feita de pé em baixo, e em seguida vem a curva 11, para a direita e muito rápida. Você faz sua tomada em sexta marcha, reduz para quinta e aponta o carro, esperando que a frente grude no asfalto. É uma curva muito legal. Então você vai morro abaixo e freia até segunda marcha, para uma curva para a direita que é bastante simples, mas onde você deve se preocupar em ficar longe da zebra da saída, porque ela te atrasa”.

“A penúltima curva tem uma entrada bastante ondulada, e é fácil exagerar na frenagem. Ela é feita em terceira marcha e no meio você pisa até o fundo e guia a traseira com o acelerador. Segue-se um rápido surto de aceleração, antes de se fazer a curva final. Ela é bastante ondulada e escorregadia na entrada, mas existe no meio dela uma mudança no asfalto, que é a dica para pisar o acelerador até o fundo. Você não pode ver a saída nesse ponto, mas ele logo aparece e você cruza a linha de chegada, para começar outra volta”.

EB – www.autoracing.com.br

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