F1 – Tost: Fabricantes estão adiando deliberadamente as novas regras

quarta-feira, 16 de março de 2016 às 10:58
Franz Tost

Franz Tost

Franz Tost, chefe da Toro Rosso, acusou as fabricantes de motores da Fórmula 1 de atrasarem deliberadamente a introdução do novo regulamento das unidades de potência.

Jean Todt, presidente da FIA, e Bernie Ecclestone, todo-poderoso da F1, ameaçaram introduzir um motor independente a menos que Mercedes, Ferrari, Renault e Honda apresentem propostas adequadas para resolver os problemas de custos, fornecimento, performance e som.

Foram feitas propostas de um limite de custo anual de 12 milhões de euros para clientes, garantias de motores para todo o pelotão e estabilidade nas regras entre 2018 e 2020 antes do prazo de janeiro.

No entanto, as conversas sobre os detalhes continuam em andamento, e ao ser questionado se alguma coisa havia mudado nos dois meses após o anúncio, Tost respondeu: “Eles são muito espertos. Usam o tempo a seu favor, e quanto mais demorarmos, menos soluções apresentaremos”.

Tost está convencido de que as fabricantes deveriam bancar a maior parte dos custos por causa da relevância das unidades de potência para a tecnologia dos carros de rua.

“Isso é algo que eu disse há quatro anos, quando o novo regulamento entrou em vigor, que os custos aumentariam no mínimo 100 por cento”, afirmou Tost. “Naquela época, as pessoas não acreditaram, mas simplesmente é o caso”.

“E o que faltou naquele momento foi dizer ‘tudo bem, se as montadoras estão na F1 e inventam esta nova tecnologia para o futuro, elas também deveriam pagar pela possibilidade de apresentar uma coisa em todo o mundo, como uma ferramenta de marketing'”.

“Elas deveriam pagar por isso, e não as equipes privadas. Agora, nós (clientes) estamos sobrecarregados com custos extremamente altos, e isso não é correto. É claro que custa algum dinheiro, mas para uma equipe privada, é diferente pagar 25 milhões ou 10 milhões”.

Tost espera que uma solução seja encontrada, acrescentando: “É o que a FIA e a F1 precisam fazer, encontrar um compromisso. Espero que aconteça, porque, para nós, as equipes privadas, é difícil conseguir todo esse dinheiro adicional. Esse é o aspecto financeiro”.

“No lado da performance, as montadoras estão em posição de dizer, primeiramente, quem recebe um motor, e em segundo lugar, elas também podem mais ou menos decidir o quão boa será a performance do motor. Não creio que é o ideal”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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