F1 – Sobrevivência da Caterham terá mais um capítulo na segunda-feira

Caterham

O futuro da Caterham será decidido na segunda-feira. A equipe, em sérias dificuldades financeiras, perdeu os GPs dos Estados Unidos e do Brasil em 2014, mas conseguiu regressar em Abu Dhabi graças a um polêmico esquema de crowdfunding.

A rival Marussia, em pior estado, perdeu as três etapas finais e teve mil itens de sua estrutura vendidos em um leilão. A equipe terminou a última temporada em nono lugar entre os contrutores e por isso tem direito a receber mais de 50 milhões de dólares em premiação, caso consiga sobreviver.

“Se a Marussia puder encontrar alguém que possa provar que tem dinheiro suficiente para correr o ano inteiro, e nós concordamos (com o negócio), gostaríamos de deixar as coisas como elas estão”, afirmou Bernie Ecclestone, chefe-executivo da F1, ao jornal The Independent.

A Marussia está desmoronando sob a posse de Andrey Cheglakov, que segundo Ecclestone é um “cara legal”. O dirigente culpa a gestão da equipe pelo seu colapso. “Ele foi mal assessorado e entrou na equipe sem realmente saber muito sobre ela. Eu acho que se ele tivesse alguém com ele que soubesse um pouco mais, eles ainda estariam na F1 hoje”, declarou Ecclestone à agência de notícias russa Ria Novosti.

A Caterham, por outro lado, tem uma história completamente diferente, apesar de ter sido a última entre os construtores. Segundo o jornal Sunday Express, uma reunião será realizada na segunda-feira, em que os credores não pagos serão chamados para aprovar uma venda potencial da equipe.

As chances de sobrevivência da Caterham são melhores do que as da Marussia, apesar do criticado esquema de crowdfunding realizado para colocar a equipe no GP de Abu Dhabi. Os patrocinadores maiores da equipe foram substituídos por alguns minúsculos: cada um pagou menos de oito mil dólares por um logotipo nos carros.

O administrador da Caterham, Finbarr O’Connell, disse que o fato da equipe ter corrido em Abu Dhabi justificou a forma como o dinheiro foi levantado. “Tendo disputado o GP, os administradores continuaram tendo discussões encorajadores com vários potenciais compradores, e esse processo ainda está em curso”, afirmou.