F1 REVIEW – Grande Prêmio da Malásia 2002

segunda-feira, 22 de novembro de 2010 às 19:14
A sorte de Ralf…

Segunda etapa do mundial de 2002 e a Fórmula 1 chegava à Malásia. A categoria ainda repercutia os acontecimentos do GP da Austrália, quando Rubens Barrichello e Ralf Schumacher envolveram-se em um acidente logo na largada e provocaram o abandono de outros nove carros. A discussão ainda seguia na linha de quem tinha culpa ou não pelo incidente.

A pista malaia recebia a categoria pela quarta vez na sua história e nas outras três corridas, a Ferrari havia dominado com sobras as corridas, não dando a menor margem de contestação para as demais equipes. Tanto que a pergunta que mais se ouvia era: Será que a Ferrari vai vencer de novo em Sepang? Michael Schumacher havia dominado a prova de 1999 e só não venceu porque teve que deixar Eddie Irvine vencer, em 2000 e em 2001, o alemão venceu a corrida como bem entendeu.

Para 2002, o alemão da Ferrari conquistava novamente a pole position e tinha a seu lado na primeira fila o colombiano Juan Pablo Montoya. Na segunda fila, os dois protagonistas do acidente de Melbourne, Barrichello e Ralf. A McLaren ocupava a terceira fila. Parecia que a prova teria mais um passeio vermelho em Sepang, mas o que vimos no domingo foi algo completamente diferente.

O grid.

A corrida começou de forma bem conturbada. Michael Schumacher, o pole e Juan Pablo Montoya, o segundo chegaram à primeira curva ao melhor estilo duelo ao por do sol, onde apenas um sobrevive. Mas desta vez, mocinho e bandido acabaram feridos, ou melhor dizendo, tiveram suas corridas comprometidas. O alemão da Ferrari teve que ir ao box trocar o bico do carro e veio fazendo uma corrida de recuperação. Montoya havia caído para trás com o toque. O líder no começo da prova era Rubens Barrichello, seguido de Ralf Schumacher e da dupla da Mclaren, Kimi Raikkonen e David Coulthard. Antes do fim da primeira volta, Takuma Sato que havia feito uma bela largada, envolveu-se em um acidente com seu companheiro de equipe, Giancarlo Fisichella. O italiano estava furioso com o japonês que pediu desculpas a Fisichella depois da prova.

Na nona volta, Montoya teve que cumprir uma nova punição que foi instituída pelo regulamento da F1 nesta temporada, o “Drive-Trhough”, que fazia com que o punido tivesse que rodar em baixa velocidade dentro da área dos boxes, para poder voltar à competição, em nono lugar. David Coulthard abandonou na volta 15 com problemas nos pneus e antes Schumacher havia protagonizado uma briga com… Enrique Bernoldi pelo décimo primeiro lugar, algo incomum para o quatro vezes campeão mundial.

Volta 22, Barrichello faz sua primeira parada e perde duas posições, para Ralf e para Kimi Raikkonen que abandonaria a seguir com o motor quebrado. Ralf parou no box na volta 32 e Rubens reassumiu a liderança por três voltas, quando fez sua segunda parada e não perdeu mais a liderança. Na volta 39, o motor Ferrari do brasileiro quebrou e o deixou a pé.

O destaque da prova vinha sendo Jenson Button, que estava na terceira posição, bem distante de Schumacher, mas a sorte que acompanhou o alemão durante a temporada entrou em ação. Button começou a ter problemas com o seu Renault e perdeu aquele que seria seu primeiro pódio. Ralf venceu, tendo Montoya em segundo e seu irmão Michael em terceiro. Outro piloto que já começava a escrever seu nome nos livros da F1, era o brasileiro Felipe Massa, que concluira a prova na sexta colocação, somando seu primeiro ponto.

Ralf entrava na briga pela vice liderança e Schumacher não abria tanta vantagem sobre seus perseguidores, o que faria prever uma prova emocionante, a não ser que a Ferrari estreasse o F2002 em Interlagos e essa era a pergunta que era feita depois de Sepang, mas isso é assunto para a próxima prova.

Classificação final.

Ralf Schumacher Williams
Juan Pablo Montoya Williams
Michael Schumacher Ferrari
Jenson Button Renault
Nick Heidfeld Sauber
Felipe Massa Sauber

Autor: Marcos Galvão

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