F1 – Renault estabelece prazo para decisão da Red Bull

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018 às 11:13

Cyril Abiteboul, Helmut Marko e Christian Horner

Cyril Abiteboul, chefe da Renault na Fórmula 1, diz que a Red Bull tem até maio para tomar uma decisão a respeito de seu fornecimento de motores em 2019, respeitando o regulamento da FIA.

O contrato atual da Red Bull com a Renault é válido apenas para a temporada 2018, e a equipe está observando atentamente a performance da Honda com a Toro Rosso.

Se a Red Bull optar pela Honda, a Renault terá apenas a McLaren como cliente na próxima temporada.

Christian Horner, chefe da Red Bull, confirmou em Barcelona que a equipe está mantendo suas opções abertas.

“Tudo está em aberto para 2019 e além”, declarou ele. “Prestaremos bastante atenção no desenvolvimento das coisas na Toro Rosso, mas não há preconceitos enquanto entramos na temporada”.

Entretanto, a Renault não está disposta a aguardar a decisão da Red Bull e quer que a equipe cumpra o apêndice 9 do regulamento esportivo da F1.

Isso cobre o fornecimento de motores em alguns detalhes, incluindo a obrigação das montadoras terem um número mínimo de clientes se necessário, e define 15 de maio como o prazo para a confirmação de acordos de fornecimento para a temporada seguinte.

Apesar dessa exigência ser flexível – a troca da McLaren para a Renault e da Toro Rosso para a Honda ocorreu bem mais tarde no ano passado – a Renault considera um prazo lógico para a decisão da Red Bull.

“Não vamos esperar para sempre”, afirmou Abiteboul. “Eu sei ao que Christian está se referindo quando diz que tem opções. Ele está absolutamente certo. Como ele, eu leio contratos e sei qual é a nossa obrigação com a categoria”.

“Há apenas uma coisa clara, o planejamento, e haverá um prazo para a Red Bull definir o que quer para o futuro. Isso está claro no regulamento esportivo. Creio que precisa haver alguma clareza em relação a quem fornecerá para qual equipe até o fim de maio. De nossa parte, esse será o prazo”.

Abiteboul confirmou que a Red Bull só precisa se comprometer com a Renault até essa data, não necessariamente finalizar os detalhes de um novo contrato.

“Acho que essa será a base para qualquer discussão”, acrescentou ele. “Ainda há vários serviços que eles podem querer – querem ter sua própria companhia de petróleo, querem um programa de testes específico no dinamômetro? E assim por diante”.

“O fato de termos aquela estrutura no regulamento não impedirá mais serviços personalizados ou discussões comerciais entre nossas duas companhias”.

Quando lhe perguntaram qual será o impacto financeiro que a Renault sofrerá se tiver uma única cliente em 2019, Abiteboul respondeu: “Nós sempre dissemos que ser uma fornecedora de motor é um negócio muito ruim”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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