F1 – Pneus médios e duros para o veloz circuito de Silverstone

sexta-feira, 3 de julho de 2015 às 8:00

Paul Hembery

O P Zero Laranja duro e o P Zero Branco médio foram os pneus escolhidos para o Grande Prêmio da Inglaterra, que será disputado neste fim de semana, em Silverstone: um circuito rápido que exige muito dos pneus, especialmente em suas diversas curvas de alta. Estas características resultam em alta degradação, principalmente se as temperaturas estiverem altas – e é o que a previsão do tempo espera para este ano. Assim como é bastante conhecida por ser uma prova histórica e veloz, Silverstone é também uma espécie de ‘segunda casa’ para a Pirelli: a fabricante italiana de pneus possui um hub de logística e um centro de excelência em engenharia em Didcot, localizado a menos de uma hora de carro do autódromo.

Paul Hembery, diretor de motorsport da Pirelli: “Silverstone é sempre uma ocasião muito especial, com torcedores experientes e fanáticos por automobilismo. É um dos poucos circuitos em que os pilotos conseguem ouvir a arquibancada durante a corrida. Assim como no ano passado, estamos levando os nossos dois pneus mais duros, porque Silverstone é a prova que possui os maiores esforços laterais da temporada. E esta exigência toda ocorre tanto nos compostos quanto na estrutura dos pneus. Assim, nossa expectativa é de aconteçam de um a dois pit stops, principalmente se o clima estiver quente, o que deve mesmo acontecer, segundo a previsão. Porém, os meteorologistas sempre dizem que o clima será quente, mas, no dia da corrida, acabamos tendo um clima tipicamente britânico. Ou seja, os pilotos devem estar preparados para tudo, pensar em como obter o máximo desempenho dos seus pneus durante todo o fim de semana, e não apenas nas sessões de treinos individualmente. Silverstone é um dos circuitos eu mais premia a coragem e o comprometimento de pilotos e equipes. Por isso, apostamos em uma grande corrida.”

Os maiores desafios para os pneus: Silverstone é famosa pelas suas sucessivas curvas de alta, com alternância de lados, que provocam esforços nos pneus com picos de 5G. As equipes costumam acertar seus carros com altos níveis de pressão aerodinâmica, o que resulta em altos esforços verticais, além das forças laterais que atuam ao mesmo tempo. Há poucas retas e pontos de freada, o que permite que as equipes trabalhem a aerodinâmica sem precisar perder muito tempo com isso.

O asfalto de Silverstone oferece uma boa aderência, aumentando, ainda, mais a carga sobre os pneus. Os picos de temperatura podem chegar aos 110ºC, o que é sempre visto nas câmeras térmicas da TV, que viraram um hit da Fórmula 1, desde que foram introduzidas, na temporada 2013.

No ano passado, Silverstone foi palco de um show de tecnologia e futurologia para a Pirelli. No circuito inglês, a fabricante italiana apresentou seus inovadores pneus de 18 polegadas em um carro atual, pela primeira vez. O piloto Charles Pic deu algumas voltas de demonstração com uma Lotus, durante os dias de testes intertemporada, realizados após o GP da Inglaterra.

A estratégia do ano passado e como a corrida foi vencida: Lewis Hamilton venceu a corrida de 52 voltas para a Mercedes, com uma estratégia de duas paradas. O inglês largou com pneus médios, para colocar os duros na volta 24 e, na volta 41, colocou o duro novamente. Logo no início, a prova foi interrompida por uma bandeira vermelha, que exigiu uma relargada – e com os pilotos sendo autorizados a trocar os pneus no grid. Isso resultou em uma profunda mudança nas estratégias: sete pilotos dentre os 10 mais rápidos puderam fazer apenas um pit stop durante a corrida.

Diferença de performance esperada entre os dois compostos: de 1 a 1,2 segundos por volta.

EB - www.autoracing.com.br

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